quinta-feira, julho 03, 2008

...

A um velho rabugento, que, em sua rabugice, velou por meu sono e protegeu-me dos males da noite.

A uma amiga eterna, que, mesmo em sua enfermidade, nunca me recusou um sinal de afeto e companheirismo.

A uma companheira dócil, que, por mais breve que tenha sido nosso contato, contagiou-me com sua doçura e alentou-me simplesmente com sua presença.

Que fique registrado aqui meu intenso pesar, que as atribulações do dia-a-dia me proibem de transformar em lágrimas, pela morte das três criaturinhas que me fizeram perder o medo de cães de grande porte, e que eu espero reencontrar um dia, se é que há um paraíso.

Apolo, Cindy e Preta - Saudades eternas. Que eles sejam novamente filhotinhos, saudáveis e tão adoráveis quanto foram em vida, no céu dos cães.

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terça-feira, junho 03, 2008

Gatos e mais gatos

Depois do episódio da castração de Raoul, resolvi que só um felino não era suficiente para acalmar meus instintos maternais. Então, resolvi aproveitar que Ciele estava procurando um voluntário para adotar uma gatinha filhotinha que ela resgatou da rua e trouxe a bichana pra casa.

O nome dela agora é Lina. E eu afirmo seguramente que ela é a gatinha mais ronronante do universo, além de tomar banho comportadamente (quer dizer, ela nem tentou me matar enquanto eu tentava matar as pulguinhas dela afogadas!), ter se tornado meu próprio rabinho (aliás, meu e de todo mundo aqui de casa... se tiver duas pessoas indo em direções opostas, acho que ela surta), ser uma espoletinha e ter grande potencial pra ser gata de tricô - já se apegou de tal forma à avó do Cris que até dá dó pensar em trazê-la aqui para cima eventualmente.

Digo eventualmente porque Raoul, ciumento como ele só, ainda não se adaptou. Claro, ainda tem pouco tempo (trouxe Lina para casa no sábado de manhã), mas ele não parece lá muito disposto a colaborar. Por enquanto, ela fica no lavabo lá embaixo, e ele continua aqui no quarto. Graças à Lina, tenho passado metade do meu dia na sala e metade aqui, tentando dar carinho igual aos dois e me esfregando nela pra pegar o cheiro e fazer Raoul associar com o carinho que dou a ele.

Acho que está funcionando. No primeiro dia, Raoul gritava só de sentir o cheiro dela e ouvir o miadinho. Agora, só hiss de levinho, e não tenta me arranhar quando eu passo com ele no colo pela porta do lavabo, e até está dormindo enroscado com uma camisa do Cris que ele tratou de impregnar com o cheiro da bebê.

Espero que esse período de adaptação termine logo, pra começar a adaptação dela com a caixinha de areia. A safada tá com mania de fazer suas necessidades sólidas dentro do ralo do banheiro ou dentro da pia, e só de tentar limpar já me dá ânsia de vômito.

Até que eu traga ela aqui pra cima, suspeito que só vou poder alimentar minha fantasia de dormir com dois gatos enroscados perto do meu travesseiro. Ô dó...

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quarta-feira, maio 14, 2008

Amor de mãe [2]

Ninguém perguntou, mas o gato passa bem e a cirurgia foi um sucesso.

Passei horas de puro sofrimento materno. Cada miadinho desesperado que eu ouvia vindo da sala de operações, eu achava que era ele. Já estava começando a me achar uma louca, quando uma senhora, que aguardava seu pequeno Chamuscado (veja como são as coisas, eu sei o nome do gato dela e ela sabe o nome do meu; em momento algum eu perguntei o nome dela, e nem ela o meu), comentou exatamente a mesma coisa comigo. Fiquei aliviada.

Então, depois de 4h ouvindo as longas peripécias dos dois anos de vida de Chamuscado, contando as peraltices dos quase três de Raoul, batendo papo com os donos de três cães que também estavam lá para perder as bolas, finalmente Videl veio da sala de operações com meu bebê no colo. Meu coração quase parou de medo quando o vi - ainda totalmente anestesiado, os olhos abertos e fixos, a respiração tão fraquinha que mal se via o peito dele mexer. Aí ela me explicou que era normal, e que dali a pouco ele começaria a acordar. O procedimento padrão seria ele ficar na sala ainda, até os efeitos da anestesia começarem a passar, mas ela conseguiu que ele ficasse comigo enquanto se recuperava, contanto que, qualquer coisa, eu chamasse algum veterinário. Acho que só concordaram porque o pestinha deu um pouco de trabalho, e ele provavelmente se sentiria mais seguro se a primeira coisa que visse quando acordasse fosse algo familiar.

Quando finalmente viemos para casa e eu o tirei da bolsinha dele, além de ele estar todo mijado (o safado fez xixi três vezes dentro da sacola, duas delas enquanto a sacola estava no meu colo), tava todo cambaleante. Dei um pouco de água para ele, deixei ele sentadinho na caixinha de areia por via das dúvidas e fui lavar a bolsa, minha calça e as toalhas e roupas (usadas, minhas e de Cris) que estavam dentro da bolsa para mantê-lo quentinho e se sentindo seguro. Quando voltei é que fui prestar atenção nele.

O bichinho andava que parecia estar bêbado. Cambaleante, se tentava se deitar perdia o equilíbrio, caía e ficava por ali mesmo. Acho que, orgulhoso como todo bom gato, ele preferia fingir que era essa a intenção dele desde o começo a admitir que não estava muito bem. Não miava e mal comia, porque não tinha forças para manter a boquinha aberta. Às vezes começava a bocejar, mas perdia o interesse e ficava com metade da língua pra fora da boca.

Toda vez que eu o via conseguindo fazer alguma coisa sem precisar de ajuda, me dava vontade de chorar. Só relaxei quando fui tirar um cochilo, e ele deitou juntinho de mim. Peguei no sono sentindo a respiração dele, cada vez mais forte, as patinhas de trás apoiadas no meu joelho, a cabeça deitada no meu travesseiro, as costas na minha barriga.

Acordei quando Cris chegou, e, pro meu quase-desmanchamento-em-lágrimas, o gato começou a miar. Miado fraquinho, ainda meio incerto, mais fininho, mas, ainda assim, desde de manhã cedo que ele não miava. Passamos o dia inteiro mimando o bichinho, alimentando com ração cremosa (porque daí ele não precisava mastigar), carregando ele no colo quando ele queria ir pra sala com a gente, fazendo cafuné e paparicando de todas as formas possíveis. De noite, quando viemos deitar, ele se enfiou entre a gente e dormiu, ora enroscado em Cris, ora enroscado em mim, sempre sem sair de debaixo do lençol.

Acordei com ele miando, mais alto, mais forte e definitivamente mais fino, e, novamente, quase chorei quando o vi atacar a ração seca com uma fúria que parecia que ele não comia direito desde anteontem. Bom, ele realmente não tinha comido praticamente nada desde anteontem.

E agora, ele dorme. Debaixo da cama, porque é quentinho e escuro. Não vejo a hora de ele ficar totalmente recuperado, pra eu trazer a nova irmãzinha dele pra casa.

É, nova irmãzinha. Porque coração de mãe é assim - sempre cabe mais um. E como ela já meio que me adotou mesmo...

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terça-feira, maio 13, 2008

Amor de mãe

Eu sei que é para o bem dele. Eu sei que ele está sofrendo um pouco agora, tenso, sem saber exatamente porque está sendo submetido a isso, mas, quando isso passar, ele não vai sofrer tanto.

Mas eu não consigo não sentir esse aperto na garganta quando o vejo chorando, pedindo comida.

Daqui a cerca de 1h30 começa o procedimento de castração do meu bichinho. Desde 19h30 de ontem o potinho de comida dele foi confiscado, por causa da anestesia. Quem disse que eu dormi essa noite?

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terça-feira, abril 08, 2008

Eu quero ter um milhão de amigos...

Eles podem surgir de qualquer parte, em qualquer lugar. A princípio, movidos pelo interesse; mesmo sabendo disso, não resisto a seus olhos brilhantes e cedo muito mais do que teoricamente deveria. Eu sei, sou ingênua demais.

Eles se aproximam, temerosos. Acho que não acreditam que eu realmente esteja disposta a dar a eles o que eles querem de mim. Então me abro, e deixo que tomem de mim o que quiserem, sem medo, sem apego. A mera presença deles me enfeitiça, e eu não consigo evitar fazer o que eles querem. Só faço o que tenho que fazer e fico lá, parada, com cara de abestalhada admirando cada movimento.

É nesse momento que conquisto sua confiança, e, no mundo em que eles vivem, isso significa muito mais do que no nosso. E, antes que eu perceba, milhares deles se agrupam ao meu redor, felizes, gentis, fazendo que eu me sinta parte da gangue.

Não importa onde: seja no Pelourinho ou no Mercado do Peixe, indo para o shopping ou voltando para casa, sempre tem um cãozinho ou um gatinho de rua ao meu redor, clamando por comida, um lar ou simplesmente um pouco de atenção e carinho.

E eu sempre fico com uma dor enorme na alma quando vou embora, uma vontade imensa de carregar eles todos para casa. Queria morar num lugar com tanto espaço para bichinhos quanto meu coração.

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sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Gatos, emos e outros(as) bichos(as)

Dono de gato é um bicho filhadaputamente emotivo. Isso, ou eu sou uma bicha filhadaputamente sensível.

Dia de faxina. Como Raoul, o dono da casa (eu e Cris somos, na verdade, os humanos de estimação dele; o resto do povo da casa, provavelmente os humanos selvagens que aparecem de vez em quando pra encher o saco; Billy e Meg, os cockers, devem ser as pulgas, sei lá), não suporta a faxineira, lá fui eu, me arriscando a levar um par de unhadas nas fuças, carregar o bicho pro quarto do meu cunhado.

Aproveitando que tinha sido temporariamente expulsa da minha casa - ok, é só um quarto, mas como eu passo 95% do meu dia aqui dentro... -, decidi ir me reabaster de fumáveis. Quando voltei, descobri que Zezé (é, ela mesma, a faxineira que ninguém merece) tinha tirado a roupa de cama. Conhecendo a peça, e sabendo que, de 10 vezes que ela tira os lençóis da cama e as toalhas do banheiro pra lavar, 11 ela faz o favor de não trazer substitutos, fui buscar novos. Que, por acaso, ficam no quarto do cunhado.

Mal abri a porta, um raio branco-raiado-de-cinza-e-preto voa pra perto dos meus pés.

- Raoul, meu filho, o que houve?
- Mi... mi... (imagine o miado mais triste que você já ouviu na sua vida. Caso não goste de gatos, imagine uma criança de 7 anos chorando em silêncio, sozinha no canto de um quarto escuro. Caso não goste de crianças, imagine os olhos lacrimosos de um cachorro que não come a duas semanas. Caso não goste de animais e nem de crianças... Bem, imagine o saldo da sua conta bancária no final do mês. É, triste a esse nível.)
- Que foi, bebê? Puque voxê tá miandinhu tão tixtinhu nenem fororongo da mamijinha? (é, eu falo que nem uma retardada quando converso com meu gato. Não que conversar com o gato já não seja uma atitude meio autista, mas abstrai.)
- Mi... (novamente, o saldo da conta...)

Ele literalmente estava com o rabo entre as pernas. Todo enroladinho. Achei até que estivesse apertado, mas, por respeito, não quisesse se aliviar longe da caixinha de areia dele. Como eu não tenho o mesmo respeito que ele tem pelo meu cunhado, coloquei o bichinho em cima da cama do desinfeliz e comecei a imitar barulho de água. Nada, o pobrezinho só miava e me olhava, o rabo todo enroscado e enfiado entre as patinhas, os olhos lacrimosos, o corpo todo tremendo.

De vez em quando, ele chegava perto da porta e, apesar de ela estar trancada, tentava abrir com as garrinhas puxando pela borda. Sempre com aquele miado de "acabou o sorvete, o chocolate e minha alegria de viver". Eu fazia carinho nas costas dele, e ele empinava a bunda, mas o rabinho continuava lá embaixo.

Tomei uma decisão. Carreguei as roupas de cama pro meu quarto e voltei pro quarto do cunhado. Nesse meio tempo, o gato já estava todo enfiado atrás do armário. Desenterrei ele de lá e fiquei com ele no colo, fazendo cafuné, tendo pedido pra faxineira me chamar quando terminasse.

Mal entrei no quarto, Raoul no colo, o próprio gato empurrou a porta pra fechar e saltou pro chão. O rabinho em pé, o miado alegre e estridente, roçando na minha perna que eu sentia o ronronar. Será que era tudo charminho porque ele não queria ficar longe do quarto? Gato cretino!

E agora tô eu aqui, quase chorando de alívio porque o gato está mais felizinho, com miados de quem acabou de receber o 13º e ainda ganhou na raspadinha. E o cretino tentando deitar em cima do teclado, e eu, claro, mãe babona que sou, achando tudo lindo.

Até ele resolver afiar as unhas na minha perna pra pedir comida de novo.

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quinta-feira, dezembro 20, 2007

Gatos, cachorros, crianças e outros animais de estimação

Já reparou que todas as pessoas de boa índole atraem criaturinhas inocentes?

Todos os meus amigos, sem exceção, gostam de animais. Nem sempre ao ponto de tê-los em casa, mas todos se divertem por horas e horas (tá, talvez alguns minutos) brincando com cães ou acariciando gatos. Chego ao ponto de desconfiar de uma pessoa se ela não conquista a simpatia de Billy, nosso cocker rebolativo e babão. Até porque nunca vi ele não simpatizar com alguém, mas isso não vem ao caso.

Quando conheci o Cris (meu namorido, pra quem caiu aqui de para-quedas e não me conhece nem um tiquinho), gostei dele de cara. Talvez pela similaridade de gostos - para animes, filmes, jogos, música, rpgs, bebidas e todo o resto das coisas que me interessam -, talvez por tê-lo achado bonitinho. Mas só fiquei realmente segura do que sentia depois de vir visitá-lo, e conhecer os quatro cães da casa. Uns amores, e todos gostam dele. Tranqüilizei.

A confirmação só veio depois que ele foi me visitar em Igarassu, quando Cindy, a akita mal-humorada com a qual eu só fui fazer amizade depois de 6 meses, deixou ele fazer carinho nela de cara. Sinceramente, uma pessoa que faz, em minutos, uma amizade importante que eu só consegui depois de meses de tentativa (e muitos pacotes de cream cracker), merece todo o meu respeito, amor e confiança.

A lista prossegue. Amigos que fazem veterinária por amor aos animais, amigos que vêm aqui em casa e conquistam a simpatia de Raoul (Raoul! Imagine, o gato até hoje rosna pra faxineira com quem ele convive há 2 anos!), amigos que tratam seus bichinhos de estimação como filhos, amigos que adotam animais independente da raça. Fico feliz em ter a certeza de que as pessoas que me cercam são pessoas de confiança. Animais raramente se enganam - talvez à exceção de Raoul, que já rosnou pra Videl, tentou morder a filhinha pequena da faxineira e ocasionalmente desconfia da idoneidade do braço do Cris - e, se eles confiam em uma pessoa, é certo de que algo de bom ela tem.

Outra coisa curiosa são as crianças.

Cansei de dizer que não gosto de crianças, e conheço montes de pessoas que também não suportam. No entanto, essas mesmas crianças parecem me adorar. Quando eu dava aulas, era freqüente as crianças virem sentar pra conversar comigo. A filha da faxineira anteriormente citada, sempre que me vê, só falta pular em cima de mim pra me dar um beijo e tentar me convencer a brincar de alguma coisa (às vezes, como hoje, ela consegue). A filha da namorada do pai da minha melhor amiga, toda vez que eu vou lá, me arrasta pra mostrar algum desenho, pra brincar de escolinha ou pra jogar videogame.

É difícil explicar minha relação com crianças. Por mais que elas me irritem, quando são gentis comigo eu não consigo ser indiferente. E talvez por eu mesma ser meio criançona (quer dizer, pelamordedeus! Eu jogo queimada -ou baleado, ou dodgeball- até hoje, além de rolar testes de resistência toda vez que eu vejo massa de modelar pra não encarcar os dedos - e as unhas - pra tentar fazer alguma coisa!), acabo cedendo e entrando na brincadeira.

Já ouvi gente dizendo que criança sabe quando alguém não gosta de crianças, e, por isso, antipatiza com essas pessoas. Eu discordo. Criança gosta de você por quem você é, independente de você gostar de criança ou não. Por isso, pra mim, crianças são outro indicativo de "boa-gentice" das pessoas. Elas são inocentes, e, por isso, agem como sentem. Se elas gravitam ao redor de alguém, é batata: essa pessoa presta, nem que seja lá no fundo. Tente se lembrar: você passou a simpatizar com alguém que detestava quando criança depois que cresceu, ou teve alguma confirmação de que essa pessoa é um bom exemplo? Eu particularmente não lembro de ninguém. Quer dizer, depois que cresci, passei a gostar do meu avô, mas continuo achando que ele não é bom exemplo pra ninguém. Não que eu mesma seja.

Mas voltando aos bichos de estimação, eu tenho uma ressalva a fazer quanto a pessoas que gostam de bichos: gente que alega gostar de bicho mas faz questão de que seus animais de estimação sejam todos de raça, ou que cria peixes (em aquários) ou pássaros (em gaiolas). Pra mim não tem coisa pior do que discriminação racial com animais de estimação (talvez com seres humanos, mas aí é discriminação étnica) ou privação de liberdade.

Queria ver como essas pessoas reagiriam se o mundo algum dia passasse a ser dominado por... sei lá, cães. E elas fossem relegadas a viver em canis (ou gentis... o_o). Daí vai um SRD (afinal, isso é Brasil; maior miscigenação não há...) adotar um humano de estimação para sua ninhada mais recente. Nosso espécime ilustrativo, também exemplo do samba do crioulo doido que é a nossa etnia local, aguarda insistentemente com olhos de humano-que-caiu-do-caminhão-de-mudança. E o SRD diz: "Ah, não... eu queria um humano de raça, com pedigree... Não tem um caucasiano legítimo, ou um africano raça-pura aí não?", e o "cãorcereiro" replica: "Tem não senhor, esses são os mais procurados... Mas tem um vira-latas ali que quase não dá pra perceber a mistura de raça, vamos ali que eu mostro..."

E se o mundo fosse dominado por pássaros? Imagina, esses criadores, tão orgulhosos de suas gaiolas multi-coloridas, vendo-se enjaulados... Ia ser tão bonito :)

Enfim. O texto acabou não sendo nada do que eu pretendia, mas acho que deu pra passar a idéia.

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segunda-feira, outubro 15, 2007

Na França, dizem que, se um gato permite que você o alise, é sinal de que você terá boa sorte.

Imagino se eu comento isso com meu gato, enquanto eu o aliso. Na verdade, imagino o que ele me responderia, se pudesse falar.

"Mas é claro que você tem boa sorte", responderia ele. "Afinal, um ser majestoso e divino como eu concordou em conviver sob o mesmo teto que uma reles mortal como você. Sinta-se honrada e agraciada por toda sua existência, humana idiota."

Mas que eu adoro essa carinha de metido a besta que ele faz quando eu faço cafuné nele, não dá pra negar =~~

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quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Gatinhos

Vai uma xícara de gatos aí?

Bom, vocês já devem saber disso a essa altura, mas uma coisa é fato: Eu sou doida por gatinhos. Filhotes, adultos, pequenos, grandes, magrelos, gorduchos, de raça ou vira-latas. Se pudesse, teria tipo uns quarenta. E todos seriam igualmente mimados, até nem eu nem eles e nem ninguém aguentar mais.



Só que, de uns tempos pra cá, eu ando com manias de gato! Tá, de uns tempos pra cá o cazzo. De ontem pra hoje. É um tal de caçar vídeos de gato, fotos cretinas de gatos, ler curiosidades a respeito de gatos e inclusive me segurar pra não ter crises de choro, quando lembro que a expectativa de vida dos gatos é tipo menos que um terço da minha. E que, muito provavelmente, meu pequeno Raoul vai pro céu dos gatinhos muito antes de mim.

Portanto, em homenagem à minha elurofilia, decidi criar um blog só com essas coisinhas fofuxas sobre gatos. E, pra isso, preciso da colaboração de vocês.

Na barrinha lateral, vocês encontrarão meu e-mail. Mandem para lá tudo relativo a gatinhos que vocês encontrarem e quiserem compartilhar! Podem ser fotos (as mais fofas/engraçadas possíveis, por favor), links pra vídeos no seu toba YouTube, textos com curiosidades, piadinhas, tirinhas do Garfield... O que for! Contribuam com meu mais novo vício e tornem a vidinha desta pobre elurófila mais feliz!

Os gatinhos agradecem a homenagem ^_^

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terça-feira, janeiro 23, 2007

Ciúmes

É, chegou a hora de admitir: eu sou incrivelmente ciumenta.

"Mas como assim", vocês me perguntam, "você não era a senhora defensora de relacionamentos abertos e sem possessividade?"

Pois é, mas ciúme não é só aquela pontadinha de raiva, dor e tudo o mais que dá quando você vê seu parceiro nos braços de uma sirigaita qualquer. O ciúme a que me refiro é de outro tipo.

Por exemplo, meu namorido pode agarrar quantas menininhas ele quiser, se quiser. Mas eu não consigo aguentar vê-lo dando mais atenção pra um amigo que pra mim.

Com os amigos, a mesma coisa. Sempre me dá uma dorzinha no fundo do peito quando eu sei que algum(a) amigo(a) especialmente querido(a) está mais grudado com outra pessoa. Principalmente se eu estiver num momento de tédio. Podem me chamar de egoísta se quiserem, mas, apesar de toda a minha baixa estima, lá no fundo eu sinto que ninguém vai saber cuidar tão bem dos meus amigos quanto eu. Vai ver é por isso que eu tenho esse péssimo hábito de ameaçar espancar as novas namoradas de amigos, caso elas resolvam algum dia vacilar com eles. E isso tudo, notem, mesmo raramente dando sinal de vida!

O ciúme insano se estende também ao gato. Quando Blao (nosso guitarrista querido e fofo e yaoi, que também é vítima dos meus ciúmes, que o diga a namorada dele) vem aqui em casa, Raoul se desdobra em ronrons e roçadas amistosas nas pernas dele. E eu acho lindo e fofo, mas fico revoltada! É, revoltada, porque ele só faz isso comigo quando tá com fome! Isso lá é maneira de retribuir o carinho, a comida e a atenção? Fico morrendo de ciúmes sim! Assim como sinto uma pontadinha de ciúmes quando Ciele (que, como minha melhor amiga - pelo menos de todas as que fiz aqui em Salvador - também sofre com meus ciúmes) resolve botar comida pra ele e ele fica todo xameguento. Peralá, gato, eu sei que ela é bonita e tal, mas sua mãe também é uma gatinha! ¬¬

Inclusive, eu senti uma pontadinha de ciúmes da gatinha que tinha lá na ilha. E olha que era raridade ela dar mais atenção pra outra pessoa que pra mim, visto que ela me adotou!

O ciúme prossegue. Tenho ciúmes horrorosos dos meus livros e mangás (ai de quem pegar emprestado - coisa que raramente acontece, porque detesto me separar deles - e devolver com um amassadinho, um rasguinho na contra-capa que seja!), dos DVDs, de algumas roupas. Ultimamente, tenho sentido ciúmes até das revistas de culinária!

Será que é necessário eu procurar um psicólogo? Tô começando a achar que sou mais maluca que pensava ser!

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quarta-feira, setembro 06, 2006

Agora é oficial.

É necessário e imprescindível que Raoul, meu felino de estimação, seja castrado.

A cerca de 1 hora atrás, ele deu mais um xilique. Pra quem não sabe a história do xilique anterior, aí vai uma pequenina demonstração.

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À esquerda, a perna normal. À direita, a perna após o xilique.

Creio que deu pra entender, certo? Pois bem.

Esta noite, quando fui dormir, meu felino lindo estava deitado bem no meio do meu lado da cama.

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Foto do pequeno meliante


Carinhosamente, como não podia deixar de ser, afastei-o do lugar e me deitei. Ele pulou pro chão e ficou miando. Dei boa noite ao namorido, me ajeitei e comecei a relaxar, pronta para dormir.

De repente, não mais que de repente, algo voou em mim. Algo com dentes e garras afiadas. E esse algo me arranhou o queixo e o lábio superior. Depois de um ou dois tabefes e gritos desesperados, esse mesmo algo mordeu e arranhou meu braço, antes que, com uma sacudidela final, voasse em direção à outra ponta da cama. Pulei da cama na hora e acendi a luz.

Eis o que vi.

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Era mais ou menos assim, eu juro.


Então. Meu gatinho, meu lindo gatinho, estava transtornado. O rabo da grossura do meu pulso, as orelhas baixas, os olhos brilhando como nunca vi antes. E sangue, o meu sangue, escorrendo dos dentinhos e das garrinhas. Corri pro banheiro, lavei as feridas, limpei com álcool e todo o mais que se ensina em aulinhas de primeiros socorros. De lá, só ouvia o som dos tabefes e guarda-chuvadas que meu amado namorido aplicava na praguinha insana.

Tudo isso porque tinha um outro gato em cima do telhado da garagem. Maldita territorialidade dos gatos.

Então, graças a isso desisti de uma vez do meu sonho de arranjar uma gatinha bonitinha pra ter filhotinhos com o Raoul. Por mim, que se fodam os hormônios dele. Vai perder as bolas.

Se eu não arranjar um veterinário barateiro pra fazer o serviço, eu mesma faço questão de capá-lo com meu cutelo de estimação. Bicho ingrato dos infernos.

Aprendam, crianças: não tenham filhos. Você cuida deles, alimenta, dá banho, limpa o cocô, dá carinho, amor e atenção, e um dia eles te acordam pulando em cima de você e querendo te matar.

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quarta-feira, julho 12, 2006

Alice no país do espelho (Through the Looking Glass, Lewis Carroll)

Por que, meu Deus? Por que eu não li esse livro antes?!

Pois é, ontem, quando voltava do mercado, resolvi dar uma passadinha na amável banca de jornais aqui da esquina, só pra ver se tinha ou não tinha, afinal, saído o volume 11 de Fruits Basket. Não tinha, então fiquei passeando lá dentro pra ver se tinha algo que valesse a pena levar, já que fazia tempo que eu não lia nada de novo (descontando-se, claro, o BESM d20, que eu li só pra entender o sistema e poder, futuramente, mestrar =p). Passando os olhos pela prateleirinha de livros da coleção L&M Pocket, dei de cara com esse livro. Como estava barato e eu nunca tinha lido, resolvi desembolsar os 13 dinheiros e carregá-lo comigo.

Good God. É insano! É dodói! E é MUITO divertido! Acho que vou ter que ler de novo pra digerir bem, porque é tão louco que ler de uma sentada só não ajuda muito, mas é maravilhoso!

Lembrem-me de comprar o "...No País das Maravilhas", porque até hoje eu só vi o desenho. Tinha lá também. Isso ou eu faço o marido comprar pra mim =p

Mas enfim, recomendo especialmente esse livro pra quem tem gatinhos sapecas. Logo na primeira página, eu já tive crises de fofura!

***

Falando em gatinhos sapecas, atenção galera de Salvador. A Thaís está procurando interessados pra adotar um gatinho muito fofo que ela pegou no quintal da empresa que ela trabalha. Ele tem seus 3 meses e não pode ficar na casa dela, porque a mãe dela é alérgica. Eu mesma estou pensando em adotar, mas pra isso, preciso convencer o marido. Enquanto isso, se alguém se interessar, dou o maior apoio.

Vamos lá, pessoas, passem isso pra frente, vamos arranjar um novo lar pra essa coisinha fofa! A foto tá no album da Thaís, só dar uma olhadinha e eu garanto que vocês vão se apaixonar!

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terça-feira, fevereiro 08, 2005

Sentidos aguçados: 2pts

Acabo de perceber que eu só limpo a casa quando sob pressão.

E que as simpáticas aranhas venenosas tecelãs fizeram o favor de criar teias nas frestas das venezianas do meu quarto. Não preciso mais me preocupar com pequenos insetos voadores, já que eles ficam presos lá e servem de alimento.

Só preciso me preocupar com as aranhas.

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sábado, janeiro 29, 2005

Coturnos, meias coloridas, aracnídeos, TPM e afins

São 10 para as 4 da manhã. Camisa masculina azul amarrada na altura dos pneuzinhos da cintura, calcinha-de-velha que um dia foi amarela e hoje em dia nem tem cor mais e que tem um furo numa parte estratégica porém não proposital, meias multicoloridas até os joelhos e coturnos. Eu não sei se sou normal.

Hoje meu ódio por aracnídeos se manifestou da forma mais contundente possível. Murphy não gosta de mim.
Primeiro, a fome. Fome avassaladora, típica de quem acordou às 6h da tarde e não comeu nada além de 2 bonos até 1h da manhã. Cozinha, frango grelhado, abre a geladeira, tira o frango, vai pro fogão e... que bichinho é esse do lado do garrafão vazio de água?

Um escorpião. Um escorpião-escorpião-escorpião na minha cozinha. God, I miss civilization.

Ok. Calça meias e coturnos pra proteger os pés. Pega pá de ferro, mata-bicho, água sanitária, lança-chamas, carrega tudo nas 4 mãos e vai matar o bicho. Cadê o bicho? Tá embaixo da estantezinha de metal onde ficam as louças e o microondas. Tá, espera, ele não vai ficar ali pra sempre. Pena de matar o bicho - ele é tão bonitinho... Faz o frango grelhado, come na frente do PC enquanto fofoca com amiguinhos no MSN, pensa em deixar novamente de comer carne bovina ou suína e ficar no franguinho pra sempre, volta pra cozinha pra deixar a louça e conferir a situação do escorpião.

Sumiu de novo? Ah não, tá embaixo da mesa, novamente numa posição inacessível. Novamente, deixa ele quieto, faz um nescau de sobremesa, toma, faz outro nescau, vai deixar o copo na cozinha e vê que o bicho sumiu. Deve ter ido embora pelo mesmo buraco que usou para entrar. Dane-se. Não ia mesmo rolar coragem para matar.

Horas depois, vontade de fazer xixi. Vai ao banheiro, ainda com seus coturnos-meias-camisão-calcinha-furada. Finíssimos fios de uma matéria translúcida grudam em seu corpo e escorrem pelas suas pernas ao tentar entrar no banheiro. Fios translúcidos? Acende a luz. Teia de aranha, gigantesca, indo do armário (estratégicamente colocado dentro do banheiro ao invés de no quarto, por uma falha arquitetônica que causa falta de espaço no último e espaço suficiente para uma orgia no primeiro) até a televisão. Isso não estava ali à meia-noite, quando ela foi tomar banho/se empattyzar. Culpada identificada: aranhazinha vermelha, meio centímetro de comprimento, ágil e fujona. Vassoura para tirar os fios da teia, coturno para matar. Urino, defeco, sou feliz e leve agora.

Volto pra frente do PC. Leio esse blog aqui e fico feliz em ver que não sou a única mal humorada do mundo.

Sim, eu sou mal humorada. E estou mal humorada. Vejam bem:

- Tenho um escorpião em casa, e ele pode me picar a qualquer minuto.

- Só vou dormir depois de terminar a faxina que começarei a fazer às 5 e meia da manhã, ou seja, quando amanhecer - 6h30 para quem não mora no nordeste. Odeio cheiro de água sanitária.

- Tenho uma semana (sim, consegui aumentar o prazo) para terminar de digitar 140 páginas, das quais só digito duas ou três por dia. Detesto matemática, detesto gráficos de funções.

- Levei um pseudo-pé-na-bunda esses dias, de alguém que eu nunca deixei de amar apesar de fazer 3 - isso mesmo, TRÊS - anos que terminamos. Espero que ele não leia isso.

- Gasto 2 reais em transporte para ir comprar cigarros, graças à péssima posição geográfica desta pocilga onde vivo.

- Meu pai não quer me deixar prestar vestibular para aquilo que quero. Eu digo 'jornalismo!' e ele diz 'Ciência da computação!'. Parece haver uma pequena falha de comunicação entre nós. Acho que é porque falo muito baixo, e ele é surdo.

- O fotolog gosta de me deixar apreensiva. Anuncia sempre que vai levar uns 30 minutos para a foto ir ao ar, e eu posto de novo. Só para ficar com duas fotos iguais no mesmo dia. Maldito seja o cypher.

- Minha menstruação está atrasada. Isso não me deixa apreensiva, graças à minha abstinência sexual forçada por 5 meses, mas prolonga minha TPM. Meu cisto faz com que, como diz a autora do blog que eu estava lendo, meu útero dance balé e meus hormônios tornam impossível qualquer um conviver comigo sem me mandar ir à merda em 5 minutos de conversa. Isso me inclui - já me olhei no espelho 3 vezes só para me mandar ir me lascar, me fuder, ir pra puta que pariu, coisas do gênero.


Enfim, estou de mau humor e isso não é mais tão engraçado como costumava ser quando eu era mais nova. Tenho uma Sana-chan (de kodocha) desenhada na minha mão, e ela está rebolando e acenando para vocês. Blé.

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quinta-feira, novembro 25, 2004

Aracnídeos

Certa vez eu estava assistindo o programa 7 e meio, do Sílvio Santos, enquanto esperava começar Friends. Uma das provas do programa consiste em identificar três "intrusos" entre oito coisas citadas. Nesse dia, o tema era "insetos".
Foi algo muito cultural. Foram citadas moscas, baratas, joaninhas e besouros. Dentre os outros quatro, estavam aranhas, que eu sabia não serem insetos, e outros três que eu realmente não lembro, e que eu fiquei realmente encafifada tentando descobrir qual era inseto, já que todos me pareciam inverossímeis.
A quinta pessoa a arriscar um palpite, se não me engano, era dentista. E ele chutou aranhas.
Eu comecei a chorar de rir, gargalhar mesmo, de um cara que cursou uma faculdade, que precisou estudar biologia para se formar, não saber que aranhas não são insetos, e sim aracnídeos.
Sílvio Santos mandou mostrar se a resposta estava certa ou errada.
Eu já tinha parado de rir e começava a sentir pena do doutor, que iria para as cabines com uma miséria de dinheiro em mãos.
Sílvio Santos disse que a resposta estava certa.
Eu entrei em um estado semi-apoplético.

Até hoje gostaria de saber se a equipe do SBT é que é burra ou se sou eu quem está desatualizada a respeito da classificação dos animais. Vá saber, a ciência muda tão depressa... E eu não posso estar tão certa da minha vasta sapiência a ponto de me considerar mais culta que as pessoas responsáveis pelo programa. Quer dizer, eles são pagos para saber, não é?

Mas ainda acho que a equipe é a responsável pelo erro. Não posso estar errada sobre isso.

+++

Ainda sobre aracnídeos, minha filha me contou certa vez que quase foi atacada por um escorpião dentro de casa. Ela mora na progressiva cidade de Itapissuma, entre Igarassu e Itamaracá.

Qual a probabilidade de uma pessoa ter sua casa invadida por um monstro de meio centímetro de comprimento em um lugar civilizado como Itapissuma?

Esse episódio me assustou. Se em Itapissuma, que tem suas ruas calçadas por paralelepípedos, uma pessoa corre o risco de ser cruelmente envenenada e assassinada por escorpiões dentro de sua própria casa, Deuses! Que será de mim, morando em um lugar assolado pelas gangues de sagüis marginais e pelos arrastões de calangos? Tabatinga, o glorioso distrito rural em que vivo, é algo semelhante ao esquema representado abaixo:


Esquema de Tabatinga Posted by Hello

Como vocês podem analisar, minha casa é como um bloco de concreto cravado no meio da selva. Às vezes entram passarinhos e batráquios no meu quarto, pela janelinha do banheiro e pela fresta da porta. Sim, amiguinhos, tenho medo profundo de ser atacada por escorpiões durante meu sono de beleza. Dia desses até encontrei uma aranha vermelha fazendo sua teia lá na cozinha, perto do filtro, e perdi a vontade de beber água. Se aranhas vermelhas de traseiro turbinado penentram nesta casa, o que dizer de nefastos escorpiões negros?

Se algum dia eu parar de postar, as chances são grandes de que eu tenha sido envenenada. Pede-se não enviar flores.

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sábado, novembro 20, 2004

Um olá e um protesto em favor das baratas

Então, finalmente consegui fazer um blog aqui. Viva!
Nem teria me lembrado de tentar de novo, se não rolasse um 'céus, tente de novo, weblogger.com.br é muito ruim!'
Sou obrigada a escrever desta forma analfaburra porque meu teclado acha que é gringo, se autoprogramou pra só escrever em inglês e assim sendo aboliu os acentos para todo o sempre. Maldito seja, que padeça em todos os fogos infernais.

[Update]
Consertei o teclado. Esqueçam os posts analfaburros
[/Update]

Não tenho assunto para escrever hoje, mas ok.

De qualquer forma, gostaria de deixar aqui registrado meu protesto em prol das baratas.
Sério, deveriam criar um programa de assentamento de baratas, para que elas deixem de invadir propriedades alheias, assustando donas de casa cagonas como eu pelo mundo a fora.
Hoje mesmo uma barata surgiu aqui em casa, escondida na despensa, entre o saco de farinha e o pacote de bolachas mofadas com as quais eu suborno minha cadela mutante devoradora de gente para que ela me deixe sair de casa para ir a escola.
Claro que a deixei ali, coitada, o que posso fazer? Expulsá-la cruelmente, sem dó nem piedade, de volta ao mundo quente e ensolarado lá fora? Sou humana, afinal de contas! E depois, não tive coragem de tocar naquele animal asqueroso. Não é preconceito contra uma forma de vida dita inferior, apenas... Respeito.

Mas ainda acho que o governo deveria fazer algo por essas pobres desabrigadas, tornando assim o mundo bem melhor, com mais facilidade de convivência entre seres humanos e artrópodes. Analisemos os benefícios:

- O dinheiro gasto com inseticida reduziria, e o salário mensal dos pobres trabalhadores renderia um pouco mais;
- Melhoraria a situação do país lá fora no quesito 'higiene coletiva', pois não veríamos mais baratas passeando pelas ruas e dando aquela aparência de sujeira;
- Reduziria o numero de estabelecimentos comerciais condenados pela saúde pública;
- Colaboraria com o feminismo, dando um motivo a menos para nós, mulheres, precisarmos dos homens.

É isso aí, comida e teto para as baratas! O Brasil só tem a melhorar!
E tenho dito.
Postar com sono definitivamente é uma péssima idéia...

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