domingo, novembro 28, 2004

O porquê de eu amar o mIRC.

(Francisco_de_ChicagoRJ) Eu sou o ator dos vales, a oliveira dançante no orvalho da vida, senhores e senhoritAS. UMA BOA NOITE, O MEU NOME É RAFAEL, E POR ACASO NÃO SOU CHICAGUENSE, ATÉ MESMO PORQUE O DEIOS ESSE TIPO DE EXPRESSÃO. SOU JORNALISTA, FILÓSOFO, MAGO, ARTEIRO, MÚSICO E ATOR, DESCASCADOR DE LEGUMES, VOCÊS SABEM. EU VIM AQUI GRITAR O HINO DE INDEPENDÊNCIA DO AMOR: IMPORTÊNCIA SEXUAL!!!!!!!!!!

Esse cara é um gênio. Um gênio, de fato.

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sábado, novembro 27, 2004

Ressaca

Porre de cerveja é, definitivamente, uma das piores coisas que existe.É o tipo de porre que, desde o início, dá dor de cabeça. Se você é uma criatura irresponsável, como eu, e toma todas e mais algumas estando em jejum e no dia anterior só tendo comido um sanduíche de presunto o dia inteiro, na hora de ir dormir, ainda bêbado, o que vai acontecer será o seguinte:

- Você vai cambaleando até a cama. Lembra-se vagamente de tirar os sapatos, quando lembra, antes de desabar, assemelhando-se a um saco de batatas que caiu do caminhão.

- Num esforço de concentração e coordenação motora, você enfim consegue fechar os dois olhos. O mundo gira lentamente a seu redor, causando uma leve sensação de desconforto. Você vira pro lado, então, e a pressão sobre seu estômago faz o mundo girar mais devagar, e você vai girando junto com ele, na esperança de que pare, até que você sinta vontade de vomitar.

- Você continua deitado, esperando que as ânsias parem, até que finalmente percebe que, quanto mais tempo você passar deitado, pior a coisa vai ficar. Então você levanta, tentando ir ao banheiro vomitar logo de uma vez e acabar com essa palhaçada pra poder dormir, e subitamente percebe a gravidade do problema quando a lei desta última se faz agir com toda a intensidade sobre você.

- Lentamente, você levanta de novo, e vai cambaleante até o banheiro. Ajeita um tapetinho logo abaixo da privada, senta nele, prende os cabelos para trás, levanta a tábua da privada, tudo isso, é claro, se você estiver consciente o bastante para tanto. Enfia o dedo na goela para ajudar o incômodo a sair mais rápido, e só aí se lembra de que está com o estômago completamente vazio, a não ser pela maldita cerveja, e, sendo assim, não vai jamais conseguir botar pra fora coisa alguma, a não ser baba e suco gástrico.

- Considerando que você está bêbado demais para comer alguma coisa, e sem apetite nenhum, você decide se arriscar a vomitar apenas o ácido clorídrico em seu estômago. Depois de umas três tentativas, você consegue, e, achando que é o bastante, volta para a cama, não sem antes escorregar no tapete em que está sentado.

- O mundo torna a girar e você fica enjoado de novo. Bebe um copo de água e volta para o banheiro. Esse procedimento se repete por três vezes, no mínimo.

- Finalmente, você consegue dormir.


No dia seguinte, você acorda, não mais que 6h depois de ter ido dormir, às vezes bem menos que isso. Se pergunta por que está todo suado e como conseguiu babar tanto. Tenta levantar, mas a força da gravidade novamente age sobre você. Na segunda tentativa, já consegue sair da cama, não sem algum esforço para manter o equilíbrio. Vai ao banheiro e mija dois litros, voltando para a cama em seguida. Você não lembra como chegou ali, por que está com gosto de meia suja na boca e nem, em casos mais extremos, por que há um travesti indiano deitado seminu ao seu lado, sussurrando seu nome e lambiscando os lábios. Talvez seja seu nome, afinal, nem isso você lembra.

Mas enfim, você supera tudo isso, e deita de novo para ver se passa a tontura. E é aí que ela chega. A maldita. A desgraçada, cruel e impiedosa DOR DE CABEÇA. Parece que duzentos mil gnomos estão a martelar seus neurônios, causando uma dor aguda e lancinante semelhante à que personagens de desenhos antigos devem sentir quando seus antagonistas enfiam um sino em suas cabeças e põem-se a badalar. Você começa a se lembrar, vagamente, de tudo o que disse na noite anterior para seus amigos, independente de ter sido pessoalmente ou pela internet, e sente vontade de se enfiar debaixo da terra com 400 minhocas e 800 fungos devoradores de gente, com suas hifas ameaçadoras. É, amigo, o álcool pode ser um grande aliado, mas ele também é capaz de trair nossa confiança, e isso quando menos esperamos. Calma, que o pior ainda está por vir.

Você decide quebrar seu jejum de quase 48h. Vai para a cozinha, constata que aquele apetitoso arroz à grega estragou e está fedendo mais que xixi de gato, se controla para não vomitar, lava as panelas/potes sujos e bota água para ferver pra fazer um miojo esperto. Enquanto espera o miojo ficar pronto, come umas torradinhas com manteiga, maionese, pasta de alho, enfim, qualquer coisa, por menos fome que você esteja sentindo. Na verdade, tudo o que você sente é sede. Uma sede insaciável, e, caso você fume, um desejo incontrolável de fumar. Você toma um nescau, um copo de suco de alguma fruta cítrica, uma latinha de refrigerante, mais um nescau, cinco copos de água, quase bebe a garrafa de água sanitária e enfim vai comer o miojo.

O apetite para comer aquela coisa de aspecto bilioso desaparece. Você come metade, e ainda assim empurrando, e desiste dele. Sente-se enjoado de novo. Pinta a dor de barriga, e você corre de novo para o banheiro, para defecar a parte das torradas que já entrou em processo de decomposição, liquefeita. Enfim, você volta para a sua cama, e sente o mundo girar novamente. É um ciclo sem fim.

Particularmente, cerveja não é das minhas bebidas preferidas. Mas agora vocês me desculpem, vou voltar para a cama que a ressaca tá foda.

Esse post foi escrito durante uma ressaca braba de cerveja e guardado para usos futuros. Estou bem acordada, obrigada por perguntar.

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sexta-feira, novembro 26, 2004

Homens... bah!

Eu desisto dos homens. Estou pensando seriamente em virar lésbica.
Não há nada mais irritante que receber esperanças e no final ouvir um 'fica pra próxima'. E isso me aconteceu duas vezes esse mês. DUAS! Acho que estou perdendo meu charme.Com mulher a coisa flui muito mais fácil. Eu mando uma cantada boba, elas riem, a gente conversa e tudo se acerta. Às vezes nem precisa rolar a conversa, bem como às vezes o papo é dispensado.
Os homens dizem que nós mulheres somos complicadas, mas os homens são muito mais!

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quinta-feira, novembro 25, 2004

Aracnídeos

Certa vez eu estava assistindo o programa 7 e meio, do Sílvio Santos, enquanto esperava começar Friends. Uma das provas do programa consiste em identificar três "intrusos" entre oito coisas citadas. Nesse dia, o tema era "insetos".
Foi algo muito cultural. Foram citadas moscas, baratas, joaninhas e besouros. Dentre os outros quatro, estavam aranhas, que eu sabia não serem insetos, e outros três que eu realmente não lembro, e que eu fiquei realmente encafifada tentando descobrir qual era inseto, já que todos me pareciam inverossímeis.
A quinta pessoa a arriscar um palpite, se não me engano, era dentista. E ele chutou aranhas.
Eu comecei a chorar de rir, gargalhar mesmo, de um cara que cursou uma faculdade, que precisou estudar biologia para se formar, não saber que aranhas não são insetos, e sim aracnídeos.
Sílvio Santos mandou mostrar se a resposta estava certa ou errada.
Eu já tinha parado de rir e começava a sentir pena do doutor, que iria para as cabines com uma miséria de dinheiro em mãos.
Sílvio Santos disse que a resposta estava certa.
Eu entrei em um estado semi-apoplético.

Até hoje gostaria de saber se a equipe do SBT é que é burra ou se sou eu quem está desatualizada a respeito da classificação dos animais. Vá saber, a ciência muda tão depressa... E eu não posso estar tão certa da minha vasta sapiência a ponto de me considerar mais culta que as pessoas responsáveis pelo programa. Quer dizer, eles são pagos para saber, não é?

Mas ainda acho que a equipe é a responsável pelo erro. Não posso estar errada sobre isso.

+++

Ainda sobre aracnídeos, minha filha me contou certa vez que quase foi atacada por um escorpião dentro de casa. Ela mora na progressiva cidade de Itapissuma, entre Igarassu e Itamaracá.

Qual a probabilidade de uma pessoa ter sua casa invadida por um monstro de meio centímetro de comprimento em um lugar civilizado como Itapissuma?

Esse episódio me assustou. Se em Itapissuma, que tem suas ruas calçadas por paralelepípedos, uma pessoa corre o risco de ser cruelmente envenenada e assassinada por escorpiões dentro de sua própria casa, Deuses! Que será de mim, morando em um lugar assolado pelas gangues de sagüis marginais e pelos arrastões de calangos? Tabatinga, o glorioso distrito rural em que vivo, é algo semelhante ao esquema representado abaixo:


Esquema de Tabatinga Posted by Hello

Como vocês podem analisar, minha casa é como um bloco de concreto cravado no meio da selva. Às vezes entram passarinhos e batráquios no meu quarto, pela janelinha do banheiro e pela fresta da porta. Sim, amiguinhos, tenho medo profundo de ser atacada por escorpiões durante meu sono de beleza. Dia desses até encontrei uma aranha vermelha fazendo sua teia lá na cozinha, perto do filtro, e perdi a vontade de beber água. Se aranhas vermelhas de traseiro turbinado penentram nesta casa, o que dizer de nefastos escorpiões negros?

Se algum dia eu parar de postar, as chances são grandes de que eu tenha sido envenenada. Pede-se não enviar flores.

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quarta-feira, novembro 24, 2004

Abandonando a vagabundagem

Crianças, é isso. Até o final de janeiro, deixei de ser vagabunda. Estou trabalhando!
Ok, trabalhando em termos. Tenho uma apostila imensa e gigantesca de álgebra para digitar até o final de janeiro, recebendo apenas 80 reais pelo trabalho. É praticamente uma escravidão, mas já que eu não faço nada o dia inteiro além de ficar no computador mesmo, não faz diferença. E eu tô precisando de uma graninha a mais mesmo, já que pretendo ir para São Paulo no natal e pro Rio no reveillon.
De qualquer forma, eu não poderia cobrar mais. O trabalho é pro meu professor de Física, e sei lá né, vai que eu preciso de um pontinho ou dois no final do ano, é difícil isso acontecer, porém não impossível... Aí eu peço piedade dele, e ele lembra que eu cobrei os 200 reais que o serviço valia, sem dó nem piedade... É, talvez os lucros deste trabalho sejam maiores que eu esperava =p
Então, até que eu termine o trabalho, minha munhequeira branca será minha melhor amiga!
E eu vou postando os textos que já deixei prontos até que eles se acabem, e depois disso eu sei lá o que eu faço. Não quero me confundir e postar um texto sobre a teoria dos conjuntos =/

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terça-feira, novembro 23, 2004

Algumas considerações sobre a geografia, arquitetura e o povo de Igarassu

+ Tem uma barraquinha de sorvetes BACANA do lado da galeria M. Manuela. Eu nunca tinha reparado nisso. Parecem tão apetitosos que eu penso em ir lá antes que a saúde pública a feche. Aliás, acho que isso já aconteceu, pois era hora do almoço quando passei por lá e a barraca estava fechada. Uma pena, uma pena.

+ Terminaram finalmente de construir aquela casa espetacular e sensacional ao lado do Estação da Cerveja. Sua fachada se assemelha incrivelmente à área de chuveiros de um clube do qual eu era sócia quando pequena. Fora de série.

+ Pintaram a parede do TOCO DO PEIDO. Isso é inconcebível! O Toco do Peido para mim era praticamente um ponto de referência na próspera cidade de Igarassu. Eu sonhava com o dia em que eu viria a marcar um encontro com alguém no Toco do Peido. Felizmente, o toco ainda está lá, mas não há mais qualquer indicação de que aquele seja o famoso Toco do Peido, ou TocU do Peido, como dizia no muro. Uma lástima, deveras.

+ Pouquíssimos são os habitantes igarassuenses que sabem onde fica o lugar em que moro, apesar de ainda fazer parte da distinta cidade de Igarassu. Não parece familiar a ninguém o nome 'Tabatinga', por mais que a entrada do 'bairro' seja na beira da BR-101, e, sendo assim, de fácil acesso. Lamentável.

+ Todos os kombeiros que vão à Araçoiaba manifestam certo pesar quando eu digo que vou saltar bem antes de Araçoiaba, mais ou menos no meio do caminho, mas todos são filhos da puta o bastante para não me dar um desconto na passagem. O máximo de simpatia que já encontrei foi quando um jovem rapaz olhou para mim com olhos de pena, e comunicou que a passagem era dois reais, mesmo me conhecendo de vista e sabendo que todos os dias eu pego kombi ali, e logicamente deveria saber o preço da passagem. É um absurdo.

Igarassu realmente é um lugar agradável para se viver. As pessoas criam galinhas em meio ao esgoto, em pleno centro da cidade. São deveras simpáticas (as pessoas, não as galinhas), nunca contendo um meio sorriso quando vêem pessoas normais como eu, de coturnos e cheias de correntes e spikes, às vezes até de sobretudo, passando pelas ruas em plena manhã. São bastante competentes também, uma vez que nunca fiquei dez minutos na fila para nada. O tempo é sempre de meia hora para cima, até na fila pra pegar queijo no balcão do supermercado. E as pessoas ainda parecem achar que Nightwish é uma banda nova lançada pela MTV esse ano.

Não vejo a hora de me mudar para Recife. Sinto falta da civilização.

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segunda-feira, novembro 22, 2004

Sonhos e felicidade

PARENTAL ADVISOR WARNING: Este post contém alusões pejorativas a certas religiões, destinadas unicamente a satisfazer meu humor primário. Se você se sente ofendido com esse tipo de coisa, O QUE DIABOS ESTÁ FAZENDO AQUI? Esse é o meu blog, poxa, você deveria esperar por algo do gênero!

Eu tenho o costume de cochilar à tarde, quando eu durmo pouco à noite. Bom, a verdade é que, independente do horário, se deixarem vou passando pelos dias dormindo sem parar. Nem zumbi nem guaxinim, eu sou é um bicho preguiça!


Whatever. Acabei de acordar de um desses cochilos, e tive um sonho estrombótico. Sonhei que era a responsável por incinerar vivos os meliantes de determinado local, e que eu vendia minha obrigação pros outros por 70 centavos, e que a tal obrigação consistia em arremessar lenha na fornalha. E a fornalha ficava num pátio alternativo do meu colégio. Era extremamente divertido, acho, porque as pessoas faziam fila pra jogar lenha na fornalha e cremar pessoas vivas e palpitantes.


O curioso é que a feira de conhecimentos da escola estava rolando. E eu dançava um forrózinho, acho. Não sei o que o maldito forró tinha a ver com a maldita feira de ciências, mas tava tocando. E eu via a Brenda, minha filhota fofa da 8ª série. E depois esbarrava na tia Xanda, minha professora igarassuense de Literatura preferida. Bem, a verdade é que ela é a única professora de Literatura que eu já tive desde que cheguei aqui...


Ela me chamava pra andar com ela e me proteger da tempestade que estava se armando nos barracões onde, teoricamente, ficavam as salas de aula. Não sei o que rolou ali, se é que aquilo era a escola. O MEC provavelmente não teria aprovado o curso de direito na FACIG se fosse.

Mas, voltemos ao sonho. Eu e Xanda chegamos ensopadas e exaustas nas salas de aula, e ela só me zoando por ser tão amiga de uma pirralha da oitava, provavelmente uns três ou quatro anos mais nova que eu. E eu relutante em admitir que havia sonhado com ela, e é engraçado pensar que eu sabia que era um sonho. De qualquer forma, nós seguimos andando. Saímos da área das salas de aula, saímos da área da feira, "saímos saindo", e fomos parar em ruas perfeitamente asfaltadas. Não devíamos estar em Igarassu, pois até hoje nunca vi uma rua perfeitamente asfaltada nessa terra. Até as rodovias nacionais são mal asfaltadas como o inferno há de ser, com mais crateras que a lua provavelmente tem e com todos os já conhecidos e mal afamados defeitos das estradas do nordeste. Acho que estávamos em alguma cidade grande e civilizada, como disse certa vez meu professor de História. Grande cara, apesar de ser careca - carecas em geral me amedrontam - e maçon - maçons em geral não simpatizam comigo, e a recíproca costuma ser verdadeira. Mas não estou escrevendo este post imenso pra falar bem do meu professor de História.

Enfim, estávamos em uma cidade estranha para mim. Mas Super Xanda sabia como se virar. Entramos em um beco, e de lá nos fundos de algo que parecia um armazém abandonado. Demos a volta, e aquilo se provou ser uma sede da Igreja Universal da Assembléia de Deus. Me apavorei, com a perspectiva de milhares de crentes devotos tentarem nos atacar, e me atear fogo pelo meu paganismo incipiente. Mas Super Xanda novamente entrou em ação, e abriu caminho entre os milhares de zumbis cristãos, dizendo que éramos judias. Por mais esquisito que este método possa parecer, serviu para nos salvar da multidão ensandecida portando archotes e entoando um cântico sagrado que se assemelhava a algo como 'queimem no fogo do inferno, feiticeiras malditas!'...

Tá, na verdade só tinha um administrador na igreja, que nos disse 'podem passar, então'. Mas se houvesse realmente uma multidão enfurecida pronta a nos atear fogo, teria sido muito mais emocionante.
Atravessamos a igreja de aspecto decadente (deve ser a tal humildade cristã, e foi a maior prova da existência dela que eu tive em toda a minha vida) e saímos em outro beco. Atravessamos uma avenida deserta, e parecia já passar de quatro horas da manhã. Aí acordei e fui ver novela.

Adoro sonhos assim. Não consigo encontrar nenhum sentido neles. Mas finalmente posso dizer à minha filha que ela apareceu em algum sonho meu.

E quanto à felicidade, tudo o que tenho a dizer é uma pérola de sabedoria que vim a absorver hoje:

Felicidade é uma caixinha de geléia de mocotó de framboesa.

Não me lembro de ter sido tão feliz, desde a minha infância, até hoje, ao devorar uma caixinha dessas. Acho que atingi o nirvana. Comam geléia de mocotó, é a coisa mais maravilhosa e anti-gótica que existe.

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Gótica?

Não sei porque, mas, de uns tempos pra cá, quando noto a presença humana perto da minha casa eu me escondo. Desligo as luzes, abaixo o volume do som (quando não o desligo), paro de digitar, finjo que estou dormindo, enfim, me faço de morta.

Hoje isso aconteceu duas vezes. Acho que eu deveria procurar um médico.

Ou metralhar os seres humanos que se aproximarem da minha casa, o que seria duzentos centilhões de vezes mais divertido.

Além disso, estou redescobrindo o prazer mórbido de me auto-deprimir com músicas e atmosfera (leia-se ouvindo músicas tristes com a luz apagada e um incenso qualquer aceso do meu lado).

Talvez eu esteja virando gótica de novo.

Oh, não! /o

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domingo, novembro 21, 2004

Apresentando o Inconsciente Coletivo e comemorando o retorno dos acentos do meu teclado.


Apresento-lhes o Inconsciente Coletivo. Minha mascote, presente do Yuske. Isso ao redor dele é uma pulseira verde da festa do sinal que eu fui esses dias. Note que a pulseira é verde, e eu não peguei ninguém. Medo. Posted by Hello


E, sim! Meu teclado voltou à vida! Estou profundamente emocionada, já tinha perdido as esperanças. Acho que ele se decepcionou quando, por fim, soube que o Bush ganhou as eleições (todos aqui em casa, incluindo o computador e os cães, éramos a favor do Kerry) e então resolveu abandonar suas manias de americano. Portanto, a partir deste momento, não mais escreverei como uma analfaburra. Viva!

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sábado, novembro 20, 2004

Um olá e um protesto em favor das baratas

Então, finalmente consegui fazer um blog aqui. Viva!
Nem teria me lembrado de tentar de novo, se não rolasse um 'céus, tente de novo, weblogger.com.br é muito ruim!'
Sou obrigada a escrever desta forma analfaburra porque meu teclado acha que é gringo, se autoprogramou pra só escrever em inglês e assim sendo aboliu os acentos para todo o sempre. Maldito seja, que padeça em todos os fogos infernais.

[Update]
Consertei o teclado. Esqueçam os posts analfaburros
[/Update]

Não tenho assunto para escrever hoje, mas ok.

De qualquer forma, gostaria de deixar aqui registrado meu protesto em prol das baratas.
Sério, deveriam criar um programa de assentamento de baratas, para que elas deixem de invadir propriedades alheias, assustando donas de casa cagonas como eu pelo mundo a fora.
Hoje mesmo uma barata surgiu aqui em casa, escondida na despensa, entre o saco de farinha e o pacote de bolachas mofadas com as quais eu suborno minha cadela mutante devoradora de gente para que ela me deixe sair de casa para ir a escola.
Claro que a deixei ali, coitada, o que posso fazer? Expulsá-la cruelmente, sem dó nem piedade, de volta ao mundo quente e ensolarado lá fora? Sou humana, afinal de contas! E depois, não tive coragem de tocar naquele animal asqueroso. Não é preconceito contra uma forma de vida dita inferior, apenas... Respeito.

Mas ainda acho que o governo deveria fazer algo por essas pobres desabrigadas, tornando assim o mundo bem melhor, com mais facilidade de convivência entre seres humanos e artrópodes. Analisemos os benefícios:

- O dinheiro gasto com inseticida reduziria, e o salário mensal dos pobres trabalhadores renderia um pouco mais;
- Melhoraria a situação do país lá fora no quesito 'higiene coletiva', pois não veríamos mais baratas passeando pelas ruas e dando aquela aparência de sujeira;
- Reduziria o numero de estabelecimentos comerciais condenados pela saúde pública;
- Colaboraria com o feminismo, dando um motivo a menos para nós, mulheres, precisarmos dos homens.

É isso aí, comida e teto para as baratas! O Brasil só tem a melhorar!
E tenho dito.
Postar com sono definitivamente é uma péssima idéia...

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