quinta-feira, setembro 07, 2006

Alguns fatos históricos referentes ao dia de hoje

Há 20 anos atrás, precisamente no dia 07 de setembro de 1986, aconteceram algumas coisas.

Nem todas foram importantes, na verdade. Houve, decerto, a parada da independência. Realizou-se o GP de F1 em Monza, o qual Nelson Piquet ganhou. O Panteão da Liberdade e da Pátria, monumento em homenagem ao presidente Tancredo Neves e projetado por Oscar Niemeyer, foi inaugurado em Brasília. A comitiva de Pinochet, a caminho de El Melocotón, foi bloqueada pela unidade 501, liderada por Ricardo Contreras. A antiga estação de bondes, na cidade de Sacramento, foi restaurada e reaberta como museu. Desmond Tutu, o primeiro arcebispo anglicano negro na África do Sul, foi empossado.

Provavelmente aconteceu um monte de outras coisas, mais ou menos importantes e significativas pra montes e montes de outras pessoas.

Pra mim, nada foi significativo nesse dia. Já o mesmo não pode ser dito a respeito de meus pais, que ganharam uma bolotinha vermelha e cabeluda, chorona e com cara de joelho pontualmente às 9h11 da manhã.

É, toda essa batelada de informações históricas foi só pra dizer que hoje é meu aniversário. E, na verdade, não sei se estou exatamente feliz com isso.

Afinal, todos sabem que o aniversário é o único dia do ano em que se fica sem graça com qualquer coisa. Pelo menos pra mim. E pro Cris, que, ao meu lado, me conta que já teve o "parabéns" cantado por repórteres da Globo... Acho que essa situação realmente me deixaria morta de vergonha.

Pra mim, simplesmente não existe lugar onde enfiar a cara. Quando vêm a avó, a sogra, a concunhada, a família da concunhada, o gato e até os passarinhos me dar parabéns, eu fico roxa. Na hora de ganhar presente, então... Nem se fala.

Fora a coisa toda de ficar um ano mais velha (teoricamente; Na prática, o ano eu envelheci nos últimos 364 dias. Hoje, só estou ficando um dia mais velha, afinal), o peso na consciência de, aos 20 anos, estar desempregada e "desfaculdadezada", e toda uma série de coisas que não estou com paciência para dizer ou pensar.

Yay me. 2 decênios de existência, completos hoje. Espero que os próximos 10 anos passem tão devagar quanto os últimos.

Ganhei presentes, aliás. Uma saia preta linda, linda, linda, e uma batinha branca que, se não é o tipo de roupa que eu compraria por vontade própria, ao menos é muito bonitinha, confortável e veste bem.

Mais tarde, pizza. Amanhã, cerveja-sinuca-amigos-cerveja. No final, eu diria que não tenho do que reclamar :)

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quarta-feira, setembro 06, 2006

Agora é oficial.

É necessário e imprescindível que Raoul, meu felino de estimação, seja castrado.

A cerca de 1 hora atrás, ele deu mais um xilique. Pra quem não sabe a história do xilique anterior, aí vai uma pequenina demonstração.

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À esquerda, a perna normal. À direita, a perna após o xilique.

Creio que deu pra entender, certo? Pois bem.

Esta noite, quando fui dormir, meu felino lindo estava deitado bem no meio do meu lado da cama.

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Foto do pequeno meliante


Carinhosamente, como não podia deixar de ser, afastei-o do lugar e me deitei. Ele pulou pro chão e ficou miando. Dei boa noite ao namorido, me ajeitei e comecei a relaxar, pronta para dormir.

De repente, não mais que de repente, algo voou em mim. Algo com dentes e garras afiadas. E esse algo me arranhou o queixo e o lábio superior. Depois de um ou dois tabefes e gritos desesperados, esse mesmo algo mordeu e arranhou meu braço, antes que, com uma sacudidela final, voasse em direção à outra ponta da cama. Pulei da cama na hora e acendi a luz.

Eis o que vi.

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Era mais ou menos assim, eu juro.


Então. Meu gatinho, meu lindo gatinho, estava transtornado. O rabo da grossura do meu pulso, as orelhas baixas, os olhos brilhando como nunca vi antes. E sangue, o meu sangue, escorrendo dos dentinhos e das garrinhas. Corri pro banheiro, lavei as feridas, limpei com álcool e todo o mais que se ensina em aulinhas de primeiros socorros. De lá, só ouvia o som dos tabefes e guarda-chuvadas que meu amado namorido aplicava na praguinha insana.

Tudo isso porque tinha um outro gato em cima do telhado da garagem. Maldita territorialidade dos gatos.

Então, graças a isso desisti de uma vez do meu sonho de arranjar uma gatinha bonitinha pra ter filhotinhos com o Raoul. Por mim, que se fodam os hormônios dele. Vai perder as bolas.

Se eu não arranjar um veterinário barateiro pra fazer o serviço, eu mesma faço questão de capá-lo com meu cutelo de estimação. Bicho ingrato dos infernos.

Aprendam, crianças: não tenham filhos. Você cuida deles, alimenta, dá banho, limpa o cocô, dá carinho, amor e atenção, e um dia eles te acordam pulando em cima de você e querendo te matar.

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segunda-feira, setembro 04, 2006

Por sinal...

...eu de acordo com o SiteMeter, eu tenho uma média de 28 visitas por dia. 28 pessoas, tratem de deixar um alô =/ Não gosto da idéia de escrever pra 28 pessoas e nenhuma delas dizer o que achou!

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domingo, setembro 03, 2006

Comentários e um conto.

Bom. Em primeiro lugar, eu queria dizer que, cada dia que passa, ganho em média 0,033 leitores. Isso dá, em média, um novo leitor por mês. Sinceramente, fico feliz com isso :D Volte sempre, leitor novo do mês, puxe uma cadeira e fique à vontade. Quer um chá de alfazema com camomila, erva-doce, hortelâ, cravo e canela? Aproveita e pega um bixcoitinho amanteigado pra acompanhar.

Enfim, vamos a mais um conto esquecido. Esse, realmente, nunca batizei. Sugestões pro nome do bichinho, caixinha de comentários tá aí pra isso. Escrito em 16/05/04.

Ela olhou pela janela.
A chuva, em gotas grossas, caía caudalosamente e escorria pelas vidraças empoeiradas. Fazia frio, muito frio, a ponto de seus dedos, enregelados, ficarem dormentes e pálidos, como, aliás, seu corpo inteiro.
Olhou para as paredes nuas de seu apartamento vazio.
Como tinha ido parar ali? Afinal, fazia seis meses que já não morava mais naquele lugar, que não via aquela terra... Memórias, doces, agradáveis, dolorosas, todas as memórias lhe afluíam à mente, em um turbilhão caótico de sentimentos e sensações...
Enrolou-se numa coberta, perdida em um dos cantos do apartamento. Um gato, gordo, fofo, parecendo um bicho de pelúcia, se aproximou, alojando-se em seu colo.
- Aleph! Você também está aqui! Isso só pode ser um sonho...
Acariciou o gato, e continuou observando a chuva por alguns instantes, para, em seguida, ir à cozinha preparar um chá.
Encontrou a bancada limpa e organizada, uma chaleira e um pacote de chá de jasmim. Preparou-o e seguiu para o quarto que fora de sua mãe. Vazio, sem móveis, as paredes amareladas e com a marca do grande espelho na parede, fazendo-a viver um momento nostálgico. Sentou-se de frente para a varanda, o gato mais uma vez aninhando-se em seu colo, a observar a chuva cair.
Sentiu, mais do que nunca, necessidade de ter alguém a seu lado, para abraçar e chorar no colo.
Na falta de opções, abraçou o gato, e começou a chorar...
No choro que soluçava, acabou por adormecer, e acordou em sua própria cama. Tudo não passara de um sonho, mas que ela gostaria que fosse real... Desejosa de que sua vida voltasse, levantou-se, foi ao banheiro, e seguiu sua existência insossa.
- Bons tempos...

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