quinta-feira, março 27, 2008

Roncos e outros ruídos constrangedores II

Coloquei os protetores de ouvido e fui tentar dormir.

Falhei miseravelmente. Os ruídos eram tão altos que ultrapassavam os protetores.

Bom, pensei, pelo menos o Cris tá aqui comigo. Se eu estivesse "sozinha", era capaz de viajar que era um monstro ou as vozes da minha cabeça ou sei lá.

Resolvi abraçar o Cris, então. Porra! Até ele tava roncando! Não tinha percebido até abraçá-lo, já que o barulho do outro sobressaía, mas a vibração no peito era inconfundível. Me senti em um complô, temendo até virar para o outro lado e descobrir que o gato também roncava.

Me resignei. Rolei para um lado, rolei para o outro e assim fiquei, até o roncador acordar. Aí sim consegui dormir, embora ache que tenha obtido sucesso em fingir que dormia todo o resto do tempo.

...apenas para acordar umas 3h depois, com o cidadão roncando de novo. Puta que o pariu.

Desisti de dormir e fui descontar a raiva esmagando alguém no Super Smash.

Mais tarde, Cris me conta que, pela manhã, quando eles estavam acordados e eu dormindo, ronquei feito um trator. Me senti perfeitamente vingada. Espero que eu tenha expelido gases tão barulhentos quanto os dele nesse meio tempo também.





Moral da história: Quando for dormir com alguém que diz que ronca muito, lembre-se de tomar tranquilizantes para cavalo antes de ir para a cama. Você nunca sabe se eles estão sendo sinceros ou não.


Ah, e Super Smash Bros Brawl é uma ótima maneira de descontar o stress da noite mal dormida. Além de ser um puta jogo. =P

***

Preparem seus corações: vem aí, Crocast. =P

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quarta-feira, março 26, 2008

Roncos e outros ruídos constrangedores

Sempre ouvi falar em pessoas que conseguem, simultaneamente, roncar, peidar e falar dormindo, mas nunca acreditei na existência delas. Para mim, pareciam tão fantásticas como o coelho da páscoa ou o Papai Noel ou um político honesto. Infelizmente, ontem descobri o quão reais (e incômodas) elas podem ser.

Eram quase 4h da manhã, e, cansada de embromar no computador, resolvi ir deitar. Ele, nosso amigo que veio nos visitar depois de algum tempo sem nos vermos e acabou ficando para dormir, bem que havia avisado, mas achei que era exagero dele, usando aquela velha tática de exagerar uma coisa para que, quando ela aconteça, passe quase despercebida. Não era exagero. Ele realmente roncava tanto quanto um trator.

Pois bem, 4h da manhã, desisti de esperar a sinfonia acalmar, e fui deitar. Sem protetores de ouvido (que por acaso eu tenho), porque, considerei, se eu consegui dormir, ainda que penosamente, com Japa e Blao no mesmo quarto, felizmente não simultaneamente... Qualquer coisa eu aguento.

Ledo engano.

Como eu estava distraída no computador, não tinha conseguido ainda conceber a magnitude daquele ronco. Uma vez deitada, consegui identificar sons de São Bernardo rouco, porco no cio e moto-serra enferrujada. Chegou a um ponto em que eu comecei a apreciar a musicalidade. Já que eu não ia dormir, porque não me entreter com aquilo?

De repente, "prrrt". Prrrt? Peraí. Reconheço como partes dessa sinfonia "ronc", "gasp" e "rrrargh". Todos mais graves que esse prrrt. Sentei-me na cama para analisar melhor.

Como que para me surpreender, um novo som se integrou ao espetáculo: a voz do condutor da orquestra. Pude distinguir "aiaiai", depois algo sobre levar a enteada dele na escola, algo sobre internet e depois mais coisas ininteligíveis, tudo entremeado de roncos. Achei que o ruído que me havia chamado a atenção originalmente tivesse sido produto da minha imaginação.

Aí ele se repetiu. E eu comecei a rir, por ter descoberto que ele havia sido produzido por um orifício diferente dos demais. Desisti da orquestra, peguei meus protetores e fui dormir.

Continua...

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sábado, março 01, 2008

To drink or not to drink

Não entendo porque as pessoas ficam orgulhosas quando dizem que tomaram um porre memorável. Quer dizer, toda a ideologia por trás de tomar um porre de verdade, daqueles com direito a vomitar e dormir na sarjeta e acordar com um cachorro lambendo a boca, não é, precisamente, esquecer?

Tudo bem, tudo bem. Admito que diversas vezes me referi ao porre que tomei no meu aniversário como "um porre memorável". Mas é que esqueci demais. Esqueci mais do que posso me lembrar de jamais ter esquecido em um porre, na verdade. O que deve ser um bom sinal, afinal, como todo mundo, quando bebo, bebo pra esquecer. Inclusive o que já esqueci.

De toda sorte, pra que serve um porre memorável? Não tenho certeza, mas acredito que me porto de forma bastante ridícula quando estou bêbada. Seria muito constrangedor lembrar de cada momento do porre, no dia seguinte. Talvez eu sequer conseguisse encarar meus amigos - e companheiros de copo - nos olhos, caso eu lembrasse de tudo.

Tenho um amigo que diz que seu porre mais memorável - e o que o fez decidir parar de beber, aliás - envolveu um carro. Envolveu, aliás, ele e o carro, encenando uma cena de sexo selvagem no meio da rua. Acho que se eu tivesse vivido uma situação dessas - e ela fosse memorável, claro -, provavelmente também teria parado de beber. E nunca mais olharia para um carro com os mesmos olhos.

Graças aos deuses, eu não sou muito dada a porres memoráveis. Quando eu realmente fico bêbada, frequentemente eu esqueço. Imagina se no dia seguinte eu acordasse numa banheira de hidromassagem, com 5 dos meus melhores amigos, todos nus, e conseguisse lembrar de cada detalhe da noite? Como iria encará-los?

Enfim. Hoje é sábado, e, portanto, dia de tomar um porre. De preferência, imemorável. Desejem-me sorte.

Aceito pacotes ultra-size de engov.

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