Faxina - parte 2
Continuação do post sobre a faxina
Ok, vamos ao quarto. Não pode ser tão difícil - arruma cama, varre chão, passa um paninho de leve... ledo engano. Tudo começa pela abertura da janela.
Ah, minha janelinha. Passa 24/7 trancada, por conta do ar-condicionado. Mas é dia de faxina, então vamos abrir as janelas e deixar as boas energias do sol entrarem! Acho que eu sou um poço de energias negativas, ou a casa estava carregada, porque o raio da janela não queria abrir de jeito nenhum. Maldito trinco emperrado... Empurra daqui, puxa de lá, o trinco cedeu. A janela abriu, a luz entrou e o sangue pingou.
Peraí... sangue? É. Sangue. Enfim, descobri porque todo santo dia de faxina eu termino o dia com um corte na dobra do indicador da mão esquerda. Sou canhota, como poucos sabem, e obviamente foi com essa mão que eu tentei abrir o trinco. Lá se vão 10 minutos do meu precioso tempo fazendo um curativo no dedo, precário, porque não tinha esparadrapos nem mertiolate nem nada que os valesse. Segura firme com a toalha até estancar, e isso levou um bom tempo, lava com sabonete de joá, que é cicatrizante, passar pomada de aroeira, que também é cicatrizante, embrulha no algodão levemente umedecido, pra não grudar no ferimento e unir as pontas... pronto, curativo feito, vamos lá tirar os bichos de pelúcia de cima da cama.
Bichos de pelúcia, lençol e travesseiros transportados para a sala do computador, edredon estendido em umas cadeiras na garagem pra pegar sol, sapatos jogados na sala do computador, bem como ventilador mochila lixeira mesinha de cabeceira, sofá-cama fechado, chão varrido, passa pano, tudo pronto. Aí mais sangue cai no chão - o ferimento não ficou bem cuidado, o sangue não estancou, volta pro banheiro... vocês têm noção do inferno que é torcer um pano de chão cheio de água sanitária com um corte no dedo que não para de jorrar sangue?
Fiquei com preguiça de varrer a cozinha e o corredor e a despensa, e arrumar a salinha do PC. Parada estratégica para virar o cobertor, tomar mais um suco, fumar mais um cigarro e suar feito um porco.
A saga continua...
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Sim, eu sei o que vocês estão pensando. Ninguém quer ler sobre a minha faxina aleatoria, ninguém quer saber da minha vida e eu sou uma tremenda desocupada que para de trabalhar a cada meia hora pra escrever besteira. Enfim, já está acabando.
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Achei o tal escorpião, e o matei. Só descobri hoje, pela análise do rabo e do ferrão, que ele não era venenoso. Droga.
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