terça-feira, novembro 23, 2004

Algumas considerações sobre a geografia, arquitetura e o povo de Igarassu

+ Tem uma barraquinha de sorvetes BACANA do lado da galeria M. Manuela. Eu nunca tinha reparado nisso. Parecem tão apetitosos que eu penso em ir lá antes que a saúde pública a feche. Aliás, acho que isso já aconteceu, pois era hora do almoço quando passei por lá e a barraca estava fechada. Uma pena, uma pena.

+ Terminaram finalmente de construir aquela casa espetacular e sensacional ao lado do Estação da Cerveja. Sua fachada se assemelha incrivelmente à área de chuveiros de um clube do qual eu era sócia quando pequena. Fora de série.

+ Pintaram a parede do TOCO DO PEIDO. Isso é inconcebível! O Toco do Peido para mim era praticamente um ponto de referência na próspera cidade de Igarassu. Eu sonhava com o dia em que eu viria a marcar um encontro com alguém no Toco do Peido. Felizmente, o toco ainda está lá, mas não há mais qualquer indicação de que aquele seja o famoso Toco do Peido, ou TocU do Peido, como dizia no muro. Uma lástima, deveras.

+ Pouquíssimos são os habitantes igarassuenses que sabem onde fica o lugar em que moro, apesar de ainda fazer parte da distinta cidade de Igarassu. Não parece familiar a ninguém o nome 'Tabatinga', por mais que a entrada do 'bairro' seja na beira da BR-101, e, sendo assim, de fácil acesso. Lamentável.

+ Todos os kombeiros que vão à Araçoiaba manifestam certo pesar quando eu digo que vou saltar bem antes de Araçoiaba, mais ou menos no meio do caminho, mas todos são filhos da puta o bastante para não me dar um desconto na passagem. O máximo de simpatia que já encontrei foi quando um jovem rapaz olhou para mim com olhos de pena, e comunicou que a passagem era dois reais, mesmo me conhecendo de vista e sabendo que todos os dias eu pego kombi ali, e logicamente deveria saber o preço da passagem. É um absurdo.

Igarassu realmente é um lugar agradável para se viver. As pessoas criam galinhas em meio ao esgoto, em pleno centro da cidade. São deveras simpáticas (as pessoas, não as galinhas), nunca contendo um meio sorriso quando vêem pessoas normais como eu, de coturnos e cheias de correntes e spikes, às vezes até de sobretudo, passando pelas ruas em plena manhã. São bastante competentes também, uma vez que nunca fiquei dez minutos na fila para nada. O tempo é sempre de meia hora para cima, até na fila pra pegar queijo no balcão do supermercado. E as pessoas ainda parecem achar que Nightwish é uma banda nova lançada pela MTV esse ano.

Não vejo a hora de me mudar para Recife. Sinto falta da civilização.

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