O porquê de eu amar o mIRC.
Esse cara é um gênio. Um gênio, de fato.
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Porque ai, tipo assim, cara, isso é suuuuper unfashion, ninguééééééééééém merece!
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Porre de cerveja é, definitivamente, uma das piores coisas que existe.É o tipo de porre que, desde o início, dá dor de cabeça. Se você é uma criatura irresponsável, como eu, e toma todas e mais algumas estando em jejum e no dia anterior só tendo comido um sanduíche de presunto o dia inteiro, na hora de ir dormir, ainda bêbado, o que vai acontecer será o seguinte:
- Você vai cambaleando até a cama. Lembra-se vagamente de tirar os sapatos, quando lembra, antes de desabar, assemelhando-se a um saco de batatas que caiu do caminhão.
- Num esforço de concentração e coordenação motora, você enfim consegue fechar os dois olhos. O mundo gira lentamente a seu redor, causando uma leve sensação de desconforto. Você vira pro lado, então, e a pressão sobre seu estômago faz o mundo girar mais devagar, e você vai girando junto com ele, na esperança de que pare, até que você sinta vontade de vomitar.
- Você continua deitado, esperando que as ânsias parem, até que finalmente percebe que, quanto mais tempo você passar deitado, pior a coisa vai ficar. Então você levanta, tentando ir ao banheiro vomitar logo de uma vez e acabar com essa palhaçada pra poder dormir, e subitamente percebe a gravidade do problema quando a lei desta última se faz agir com toda a intensidade sobre você.
- Lentamente, você levanta de novo, e vai cambaleante até o banheiro. Ajeita um tapetinho logo abaixo da privada, senta nele, prende os cabelos para trás, levanta a tábua da privada, tudo isso, é claro, se você estiver consciente o bastante para tanto. Enfia o dedo na goela para ajudar o incômodo a sair mais rápido, e só aí se lembra de que está com o estômago completamente vazio, a não ser pela maldita cerveja, e, sendo assim, não vai jamais conseguir botar pra fora coisa alguma, a não ser baba e suco gástrico.
- Considerando que você está bêbado demais para comer alguma coisa, e sem apetite nenhum, você decide se arriscar a vomitar apenas o ácido clorídrico em seu estômago. Depois de umas três tentativas, você consegue, e, achando que é o bastante, volta para a cama, não sem antes escorregar no tapete em que está sentado.
- O mundo torna a girar e você fica enjoado de novo. Bebe um copo de água e volta para o banheiro. Esse procedimento se repete por três vezes, no mínimo.
- Finalmente, você consegue dormir.
No dia seguinte, você acorda, não mais que 6h depois de ter ido dormir, às vezes bem menos que isso. Se pergunta por que está todo suado e como conseguiu babar tanto. Tenta levantar, mas a força da gravidade novamente age sobre você. Na segunda tentativa, já consegue sair da cama, não sem algum esforço para manter o equilíbrio. Vai ao banheiro e mija dois litros, voltando para a cama em seguida. Você não lembra como chegou ali, por que está com gosto de meia suja na boca e nem, em casos mais extremos, por que há um travesti indiano deitado seminu ao seu lado, sussurrando seu nome e lambiscando os lábios. Talvez seja seu nome, afinal, nem isso você lembra.
Mas enfim, você supera tudo isso, e deita de novo para ver se passa a tontura. E é aí que ela chega. A maldita. A desgraçada, cruel e impiedosa DOR DE CABEÇA. Parece que duzentos mil gnomos estão a martelar seus neurônios, causando uma dor aguda e lancinante semelhante à que personagens de desenhos antigos devem sentir quando seus antagonistas enfiam um sino em suas cabeças e põem-se a badalar. Você começa a se lembrar, vagamente, de tudo o que disse na noite anterior para seus amigos, independente de ter sido pessoalmente ou pela internet, e sente vontade de se enfiar debaixo da terra com 400 minhocas e 800 fungos devoradores de gente, com suas hifas ameaçadoras. É, amigo, o álcool pode ser um grande aliado, mas ele também é capaz de trair nossa confiança, e isso quando menos esperamos. Calma, que o pior ainda está por vir.
Você decide quebrar seu jejum de quase 48h. Vai para a cozinha, constata que aquele apetitoso arroz à grega estragou e está fedendo mais que xixi de gato, se controla para não vomitar, lava as panelas/potes sujos e bota água para ferver pra fazer um miojo esperto. Enquanto espera o miojo ficar pronto, come umas torradinhas com manteiga, maionese, pasta de alho, enfim, qualquer coisa, por menos fome que você esteja sentindo. Na verdade, tudo o que você sente é sede. Uma sede insaciável, e, caso você fume, um desejo incontrolável de fumar. Você toma um nescau, um copo de suco de alguma fruta cítrica, uma latinha de refrigerante, mais um nescau, cinco copos de água, quase bebe a garrafa de água sanitária e enfim vai comer o miojo.
O apetite para comer aquela coisa de aspecto bilioso desaparece. Você come metade, e ainda assim empurrando, e desiste dele. Sente-se enjoado de novo. Pinta a dor de barriga, e você corre de novo para o banheiro, para defecar a parte das torradas que já entrou em processo de decomposição, liquefeita. Enfim, você volta para a sua cama, e sente o mundo girar novamente. É um ciclo sem fim.
Particularmente, cerveja não é das minhas bebidas preferidas. Mas agora vocês me desculpem, vou voltar para a cama que a ressaca tá foda.
Esse post foi escrito durante uma ressaca braba de cerveja e guardado para usos futuros. Estou bem acordada, obrigada por perguntar.Marcadores: random
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PARENTAL ADVISOR WARNING: Este post contém alusões pejorativas a certas religiões, destinadas unicamente a satisfazer meu humor primário. Se você se sente ofendido com esse tipo de coisa, O QUE DIABOS ESTÁ FAZENDO AQUI? Esse é o meu blog, poxa, você deveria esperar por algo do gênero!
Eu tenho o costume de cochilar à tarde, quando eu durmo pouco à noite. Bom, a verdade é que, independente do horário, se deixarem vou passando pelos dias dormindo sem parar. Nem zumbi nem guaxinim, eu sou é um bicho preguiça!
Whatever. Acabei de acordar de um desses cochilos, e tive um sonho estrombótico. Sonhei que era a responsável por incinerar vivos os meliantes de determinado local, e que eu vendia minha obrigação pros outros por 70 centavos, e que a tal obrigação consistia em arremessar lenha na fornalha. E a fornalha ficava num pátio alternativo do meu colégio. Era extremamente divertido, acho, porque as pessoas faziam fila pra jogar lenha na fornalha e cremar pessoas vivas e palpitantes.
O curioso é que a feira de conhecimentos da escola estava rolando. E eu dançava um forrózinho, acho. Não sei o que o maldito forró tinha a ver com a maldita feira de ciências, mas tava tocando. E eu via a Brenda, minha filhota fofa da 8ª série. E depois esbarrava na tia Xanda, minha professora igarassuense de Literatura preferida. Bem, a verdade é que ela é a única professora de Literatura que eu já tive desde que cheguei aqui...
Ela me chamava pra andar com ela e me proteger da tempestade que estava se armando nos barracões onde, teoricamente, ficavam as salas de aula. Não sei o que rolou ali, se é que aquilo era a escola. O MEC provavelmente não teria aprovado o curso de direito na FACIG se fosse.
Mas, voltemos ao sonho. Eu e Xanda chegamos ensopadas e exaustas nas salas de aula, e ela só me zoando por ser tão amiga de uma pirralha da oitava, provavelmente uns três ou quatro anos mais nova que eu. E eu relutante em admitir que havia sonhado com ela, e é engraçado pensar que eu sabia que era um sonho. De qualquer forma, nós seguimos andando. Saímos da área das salas de aula, saímos da área da feira, "saímos saindo", e fomos parar em ruas perfeitamente asfaltadas. Não devíamos estar em Igarassu, pois até hoje nunca vi uma rua perfeitamente asfaltada nessa terra. Até as rodovias nacionais são mal asfaltadas como o inferno há de ser, com mais crateras que a lua provavelmente tem e com todos os já conhecidos e mal afamados defeitos das estradas do nordeste. Acho que estávamos em alguma cidade grande e civilizada, como disse certa vez meu professor de História. Grande cara, apesar de ser careca - carecas em geral me amedrontam - e maçon - maçons em geral não simpatizam comigo, e a recíproca costuma ser verdadeira. Mas não estou escrevendo este post imenso pra falar bem do meu professor de História.
Enfim, estávamos em uma cidade estranha para mim. Mas Super Xanda sabia como se virar. Entramos em um beco, e de lá nos fundos de algo que parecia um armazém abandonado. Demos a volta, e aquilo se provou ser uma sede da Igreja Universal da Assembléia de Deus. Me apavorei, com a perspectiva de milhares de crentes devotos tentarem nos atacar, e me atear fogo pelo meu paganismo incipiente. Mas Super Xanda novamente entrou em ação, e abriu caminho entre os milhares de zumbis cristãos, dizendo que éramos judias. Por mais esquisito que este método possa parecer, serviu para nos salvar da multidão ensandecida portando archotes e entoando um cântico sagrado que se assemelhava a algo como 'queimem no fogo do inferno, feiticeiras malditas!'...
Tá, na verdade só tinha um administrador na igreja, que nos disse 'podem passar, então'. Mas se houvesse realmente uma multidão enfurecida pronta a nos atear fogo, teria sido muito mais emocionante.
Atravessamos a igreja de aspecto decadente (deve ser a tal humildade cristã, e foi a maior prova da existência dela que eu tive em toda a minha vida) e saímos em outro beco. Atravessamos uma avenida deserta, e parecia já passar de quatro horas da manhã. Aí acordei e fui ver novela.
Adoro sonhos assim. Não consigo encontrar nenhum sentido neles. Mas finalmente posso dizer à minha filha que ela apareceu em algum sonho meu.
E quanto à felicidade, tudo o que tenho a dizer é uma pérola de sabedoria que vim a absorver hoje:
Felicidade é uma caixinha de geléia de mocotó de framboesa.
Não me lembro de ter sido tão feliz, desde a minha infância, até hoje, ao devorar uma caixinha dessas. Acho que atingi o nirvana. Comam geléia de mocotó, é a coisa mais maravilhosa e anti-gótica que existe.
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