quarta-feira, junho 15, 2005

Estrelas e cometas

Enquanto estava na varanda fumando meu primeiro cigarro do dia, enrolando para ir tomar meu banho e descer para ver se posso ajudar o pessoal em alguma coisa, aproveitei para meditar um pouco.

Me lembrei de um email - ou mensagem no icq, faz tempo que já recebi - que dizia sobre pessoas que são estrelas ou cometas na vida de uma pessoa. Dizia ainda que o mais importante é ser uma estrela, que sempre estará lá para iluminar os caminhos da pessoa e tudo o mais...

Eu cheguei à conclusão de que eu discordo. Estrelas existem aos montes, e, mesmo que exista somente uma no céu, já será o bastante para iluminar um pouco que seja a noite escura. Eu sempre preferi ser um cometa.

Não gosto de rotina. Não gosto de me prender às pessoas. Me assusta ter a responsabilidade de estar sempre fazendo algo pelas pessoas. Eu sempre fui um cometa.

Cometas não são comuns, você não os vê todos os dias... E, por isso mesmo, são muito especiais. Nem todo mundo já viu um cometa, alguns passarão toda a vida sem ver unzinho que seja. Mas quem viu, nunca mais esquecerá. Eu sou um cometa.

Sempre naveguei entre as vidas das pessoas sem data marcada de ir embora. Eu apareço, sumo, volto, desapareço novamente, e ninguém nunca sabe se vai me ver de novo algum dia ou não. E posso dizer, com confiança, que a maior parte das pessoas que entraram na minha vida da mesma forma são cometas para mim, mesmo que não tenham feito a menor diferença nela. Me lembro de cada rosto, de cada nome, de cada situação, e, quando torno a encontrar essas pessoas por algum ocaso do destino, é uma alegria, como se aquela pessoa fosse para mim um velho amigo.

Enfim, era só isso que eu tinha a dizer. Estou filosófica hoje, e quero terminar de brincar com minha neopeste e ir tomar banho e almoçar.

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