segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Música, reencarnações, a vida de Lúcifer, aleatoriedades gerais e um pedido de desculpas.

Ah, a música! Nada melhor, não é mesmo?

Eu vou ser sincera com vocês. De verdade. Eu pensei em um monte de coisas pra escrever sobre música, mas me fugiu totalmente à mente o tema proposto. Culpa do orkut e da minha mania de fuçar as comunidades das pessoas queridas. Whatever.

Enfim, a música é uma coisa que pode tanto unir quanto desunir profundamente as pessoas. E agora vocês todos podem dizer que eu acabei de descobrir o fogo, a pólvora, ou qualquer outra coisa que faça um estrago danado porém já tenha sido descoberta antes de eu encarnar neste planetinha miserável pela primeira vez.

Mas o fato é que agora a pouco eu estava meditando, filosofando e coçando meu saquinho imaginário, e cheguei à conclusão de que, além de 90% das minhas amizades serem 'virtuais' (e não, eu não estou falando de tamagochis), pelo menos 95% delas são mantidas através da música. Afinidades musicais. Algo assim. Ou outros 5% são afinidades 'animescas/rpgistas', ideológicas, 'escritoriais', etc. Mas a maior parte se resume nisso: música.

Da mesma forma, uns 89% dos meus desafetos (e não, eu não tenho tantos assim, afinal, eu sou uma menina bonitinha e boazinha) foram gerados por desentendimentos musicais. Funkeiros, pagodeiros, axézeiros, 'fãs-de-mtv', bregueiros, forrozeiros, fãs de música sertaneja. Eles não me ofendem tanto, mas, venhamos e convenhamos, quando você me viu realmente ser simpática com algum ser destas espécies supracitadas?

Inclusive, existem rixas. Dentro do rock, que, além de ABBA e Sidney Magal/Beto Barbosa/Silvio Caldas/Rosana/Gretchen, é meu tipo de música preferido, existem várias. E eu me divirto com os muitos posts criados pela eterna rixa HEADBANGERS x NEW METALEIROS pelos blogs do Brasil a fora. De verdade. Até chego a me sentir culpada por ficar em cima do muro - mas o que posso fazer se gosto tanto de Iron Maiden quanto de Korn? Me xinguem, atirem pedras, fiquem à vontade. É a pura verdade, eu juro.

Neway, escrevi pra burro e não cheguei ao ponto que eu pretendia quando comecei a escrever o post. Whatever. Lá vai uma historinha simpática pra pelo menos salvar o post (e tentar me reconciliar com a paciência de todos os 2 ou 3 leitores deste blog).

***

(Post inspirado na conversa com o vegecelo, postada no meu flog)

Então. Era uma vez o paraíso. E lá viviam felizes e contentes todos os belos anjos, na santa paz do senhor, amém.

O primeiro de todos os anjos a serem criados foi um cara muito bonitão, chamado então de Lucibel (luz de Deus) ou Lucion (luz dos anjos), com seus looongos cabelos loiros e seus olhos verde-azulados (ou azul-esverdeados, whatever), sua cútis suave como um pêssego bebê e todos os adjetivos de cuteness e gayness que vocês podem imaginar.

Só que como todo filho mais velho mimado, quando ele se tornou um adolescente acabou por se rebelar contra seu pai. Ele era de esquerda, sabem, e não tolerava mais a ditadura que o 'chefão', como era conhecido, impunha a todos como sendo o caminho, a verdade e a vida. Além de estar mais ou menos quase plenamente insatisfeito com a forma com a qual o cara lidava com todo o poder que tinha. Assim posto, foi tirar satisfações com o velho, com toda a impetuosidade e a empáfia inerente aos jovens.

- Pô velho, preciso levar um lero contigo.
- Pode falar, filhote... O que está havendo?
- Tá pegando é que eu tô boladão, tá ligado? Assim, cê tem poder pra caralho nas mãos e só faz cagada pô! E ainda fica aí querendo mandar em todo mundo... Tá pensando que é quem, Deus por acaso?
- É, eu penso - e sou - Deus. Lembre-se disso, fedelho.
- Mas eu não acho isso certo! E, se você quiser saber, se eu tivesse um terço do poder que você tem, eu faria tudo isso muito melhor... Nada dessa palhaçada de anjinho pra cá, harpinha pra lá, falta de sexo e tudo o mais. Você tem que dar ao povo o que o povo quer! E o povo quer sexo, farra, pecados e tudo o mais!
- Corrija-me se eu estiver errado, Lucy, mas você está, por acaso, CONTESTANDO MINHA SABEDORIA INFINITA?
- Se você quer saber, sim, estou!
- Ah meu filho... eu já cansei, sabia? Cansei. Junta seus trapinhos e vaza.
- Como é?
- Vaza, sai fora, vai embora, VAI PRO DIABO QUE TE CARREGUE, VAI PRO INFERNO! Que coisa, eu te criei e sustentei e você vem com essas palhaçadas? Tá deserdado, pronto, falei! A partir de agora, você não é mais a minha luz porra nenhuma! Você carrega a luz! Sacou? Vai ser meu escravo pro resto da vida!

E o pobre diabo saiu da sala do pai com o rabo entre as pernas. Chegando lá fora, encontrou com Jesus, o novo queridinho do chefe, que estava ouvindo a discussão toda por trás da porta. É claro que o futuro nazareno não podia deixar de implicar com seu maior rival, e, ao vê-lo com a moral tão baixa, não conseguiu segurar:

- Pfff... Se fudeu!

Lúcifer (para dar-lhe seu nome atual), já puto da vida pela discussão com o pai, decidiu não engolir desaforo daquele zé ruela.

- Que foi que você aí disse, ô hipponga?
- Que você se fudeu. Vai lá juntar seus trapinhos vai, excomungado.
- Vai se lascar, desgraça...

E os dois permaneceram nessa discussão por muito tempo, até que Lúcifer chamou Jesus de filho de rameira golpista e Jesus sacou uma espada que, segundo diziam, brilhava mais que mil sóis. A verdade é que a espada era coberta por uma camada de glitter, e Lúcifer ficou estarrecido por tanta boiolagem.

Jesus se aproveitou desse momento de semi-apoplexia de Lúcifer e desceu a espada em sua face direita, arrancando-a e deixando somente o vácuo no lugar. Depois, chutou belamente os fundilhos do pobrezinho, arremessando-o em direção ao inferno, como o chefe queria.

Lúcifer, com os fundilhos doloridos, chegou assim ao inferno, e tratou logo de providenciar uma máscara de prata para 'tapar o buraco'. Jurou para si mesmo que, dali por diante, preferiria reinar no inferno a servir nos céus. Afinal, lá ele poderia criar sua comunidade socialista sem ninguém encher o saco. De vez em quando ainda frequenta reuniões de cúpula na casa do pai, só para ser contrário a todas as opiniões do conselho angélico. Graças a isso, ganhou o apelido de 'Satanás', ou seja, o opositor. E ainda tem que aguentar piadinhas de Jesus, que diz que tudo que ele faz é 'meia boca', ou que 'Lúcifer é orgulhoso, não dá a outra face'.

Eu tenho pena de Lúcifer.

E que venham os seguidores de religiões de base cristã me atirar pedras.

***

Eu falei também, no título, sobre aleatoriedades e um pedido de desculpas. Então: Desculpa!

Eu tô devendo a terceira parte do post da faxina (não que alguém realmente queira saber como foi minha faxina que quase acabou com minha capacidade de escrever/tocar flauta/cozinhar/fumar/me divertir sozinha/whatever), ALGUMA PARTE QUE SEJA do curso de sobrevivência, o trabalho do professor Iran (esse não é pra vocês, mas eu tô devendo anyway), o pagamento do meu gold camera no fotolog (sim! me rendi ao sistema!), a conta de luz, água, telefone, e 50 centavos pro tiozinho do boteco do lado da escola. Juro que vou resolver todas essas pendências até o fim do século XXIII u.ú

Então. São 5h30 da manhã pelo horário da terra onde só tem duas estações (quente e muito quente, e, assim sendo, infernal pra gente que odeia calor como eu), e eu preciso comer/dormir/tomar banho/tirar essa bic do cabelo antes que estoure, não necessariamente nessa mesma ordem, e o sol já vai alto no céu. Agradeço a todos a paciência por terem lido até aqui. Obrigado, voltem sempre, vão pela sombra, usem camisinha no que resta do carnaval, não usem drogas e tomem suco de carambola com abacaxi.

Au revoir. (bate continência, faz uma mesura e permanece abaixada até que as cortinas desçam)

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