terça-feira, fevereiro 08, 2005

Festa no Art Show

Da série "posts antigos que ninguém viu por terem sido feitos no multiply"... Texto escrito em 13/11/04

Sabe aquelas festas que você vai e diz pra si mesmo: "eu vim aqui pra me divertir, e vou me divertir" e realmente se diverte? Daquelas que você enche a cara o suficiente pra fazer coisas que arruínem sua reputação na escola? Que no dia seguinte você abre os olhos, e fica duas horas tentando lembrar:

a) Seu nome;
b) Onde você está;
c) Como você chegou aí;
d) Por que você está com gosto de meia suja na boca, e, finalmente,
e) Por que tem um travesti indiano deitado seminu ao seu lado.

A festa de ontem foi assim pra mim. Menos a parte do travesti indiano, é claro. Prefiro travestis polacos.

A festa começou, pra mim, um pouco mais cedo que pro resto do pessoal. No convite (que por sinal eu não comprei, e no final das contas acabei foi ganhando cortesia), dizia que a balada teria início às 9 da noite. Mas eu não posso sair de casa depois que escurece! Beleza então, saí de casa às 5 e meia e fui pro centro de Igarassu tomar umas cervejas e juntar coragem pra chegar de surpresa na casa de Elayne. Tomei duas e já me senti corajosa o bastante, e fui seguindo pela rua escura deserta e ladeada por matagais até a casa dela. Assim, descolei uma carona pra festa! Viva!

Beleza. Ficamos enrolando lá até umas sete e meia, 8 horas. Chegamos na festa pra conferir a passagem de som e arrumar as cadeiras. Fiquei na portaria um tempão, ajudando Michely a distribuir pulseiras, conferir os canhotos dos ingressos e recepcionando os convidados. Lá pras nove e meia, 10 horas começou a lotar. Eu e Glauber, irmão de Elayne, compramos um rum e uma coca-cola, e eu tomei uns 3 copos e já fiquei legal.

Aí eu fui juntar com Rodrigo, Alexandre e Bruno. Alexandre e Bruno me chamaram pra dar uns pegas numa bagana que eles tinham, e a gente foi, depois fomos dar um role de carro, rolaram altos cavalos de pau, e finalmente voltamos pra festa. Aí é que a pagação de mico total começou... Rodrigo me puxou pra dançar brega, depois eu puxei Alexandre, depois um tal de Wandson, que tinha ido lá pra pegar Elayne, me puxou pra dançar e eu dancei com ele também... Minha reputação de menina malvada metaleira dos infernos foi-se por água abaixo.

Rolou techno também... Aí é que o bicho pegou! Subi pra pegar meu isqueiro com o cidadão com quem eu tinha deixado, que estava em cima do palco. Eu cheguei lá em cima, Karla me puxou, "vai dançar com o pessoal em cima do palco!", e eu "mas eu não sei dançar" e ela "sabe sim, vai lá", e acabou que eu paguei mico em proporções gorilescas.

Elayne queria escapar de uns doidos que estavam dando em cima dela, e por isso se aproveitou de mim e me beijou.

Tinha um paulista doido lá, o Saulo, que queria porque queria ficar comigo, e eu fugindo, e o cara insistindo, e quanto mais ele insistia mais eu fugia... Terrível.

Finalmente, cheguei em Alexandre. Mas ele sofre daquela terrível doença chamada "fidelidade". Levei foi um toco muito do lindo, e aproveitei o ensejo pra pedir uma carona pra casa, já que ele tava indo embora mesmo... Chamamos Bruno e viemos.

Cheguei em casa e vim direto pro PC. Lá pelas 4h acordei, na situação descrita lá nos primeiros parágrafos. Cheguei à conclusão de que minha ressaca não ia passar do tal gosto de meia suja e a amnésia temporária do recém-despertar. Descobri que não era bem assim quando fui lavar a louça pra fazer meu almoço... Ao abaixar pra guardar uma das panelas, o mundo girou ao meu redor e eu continuei suspensa no espaço, com aquela sensação de vácuo e tontura extrema.

Agora a pouco estava fazendo um balanço da festa. Paguei muito mico, bebi muito, quebrei a promessa de nunca mais pegar um gruse, levei um toco, beijei uma guria que definitivamente não faz o meu tipo, dei voltinhas perigosas de carro... É, acho que, no final das contas, a festa foi foda. Fiz merda pra cacete, mas me diverti infinitos! E voltei a ter uma vida social, também. Estou tremendamente ansiosa pra que chegue a festa do colégio, vai ser zoeira pura! Juntando dois chalés, será massa, eu, Danielle, Darcléia, Jacyara, Michelle, Bruno, Alexandre, Edson, Esdras e mais alguém. Altas orgias!

Pra mim o ponto alto da festa foi ter dançado brega com Alexandre, coladinho, e tudo o mais. E o selinho que Rodrigo me deu quando eu disse que se ele chegasse em mim eu tinha topado. E o pessoal zoando Luís e Rafael porque eu peguei mais mulher que eles...

É, resumindo: o povo que eu chamei que não quis ir, PERDEU! Pelo menos se divertiam me vendo pagar mico em público...

Pena que as gurias com quem eu ando lá na sala não foram. Teria sido infinitos mais divertido.

E pena também que eu não beijei ninguém além da Elayne. Infernos, era uma festa do sinal!

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