terça-feira, outubro 25, 2005

Irmãs de Sangue (Ricky Nobre, Rio de Janeiro, 2004, Editora Linhas Tortas)

É nesses momentos em que sofro do que chamo de "Insônia gripal" que percebo o quão rápido leio, e que percebo que, para saciar minha fome literária, eu deveria receber ao menos três vezes mais que recebo por mês para gastar apenas com livros e mangás. Por sinal, se algum escritor (ou alguém que trabalhe em alguma editora) ler esse blog, desde já me ofereço para ser pre-reader ou revisora de traduções. Pelo menos assim consigo tirar alguns trocados para fazer o que gosto e receber alguns exemplares de graça... Aiai... =p

Pois então. Mais um livro da série "ouvi falar tanto que fiquei com vontade de ler e aproveitei a folga no orçamento para encomendar enquanto espero sair o 4o volume da série de Douglas Adams"...

Irmãs de Sangue conta a história de uma adolescente, Ana, que é vampirizada (abraçada?) e se depara com um dilema: como aproveitar a não-vida eterna se isso torna indiscutívelmente impossível manter suas amigas de vida inteira?

Os personagens são bastante carismáticos (e devo dizer que há séculos tento escrever um livro, quase com o mesmo tema, e com um dos personagens centrais idênticos ao vampiro Mikhahil), a história é razoávelmente bem construída, mas creio que poderia ser um pouco menos corrida.

O livro começa bem, com um ritmo facilmente acompanhável, mas, à partir de dado momento, as coisas começam a correr rápido demais e fica meio confuso acompanhar. Creio, na minha humilde condição de escritora amadora, que o tema poderia ter sido melhor desenvolvido. São poucas páginas - cerca de 140 - e a impressão inicial que o livro passa é de que poderia ter mais umas 50. De qualquer forma, sou o tipo de leitora pentelha que gosta de se perder em minúcias, e essa é apenas minha impressão inicial de um livro lido em cerca de uma hora e meia. Mais tarde pretendo lê-lo novamente, com mais calma, e talvez aí eu possa dar uma opinião mais embasada.

Uma coisa é fato: a história prende a atenção, não há como negar. E o faz de tal forma que, desde o momento em que abri a página e comecei a ler as orelhas do livro (escritas por Eddie Van Feu, cujo livro "O Portal" está em primeiro lugar na minha lista de futuras aquisições, juntamente com "Neuromancer" de William Gibson, que já li mas gostaria muitíssimo de reler) não consegui largá-lo de forma alguma até terminar de ler os agradecimentos no final.

Aproveito também para dizer que aprovo completamente a escolha dos trechos de músicas utilizados para ilustrar o começo de alguns capítulos, bem como o gosto musical de Ricky Nobre. Uma pessoa que gosta de Guns, Tori Amos e Björk não pode ser tão má assim... =p

Bem, agora vou dormir. Amanhã eu leio Clube da Luta, de Chuck Palahniuk (é, isso mesmo, o livro que deu origem ao filme!) e conto pra vocês o que achei.

...desse jeito vou passar o resto do mês procurando sebos em Salvador pra ter o que ler gastando pouco dinheiro...

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